O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis se posicionou oficialmente sobre a crise da saúde. Segundo o SINTRAM a tragédia já era anunciada. O Sindicato enfatizou que várias denuncias e questionamentos foram feitas nos últimos anos, porém a omissão das lideranças políticas proporcionou o momento de caos.
De acordo com o sindicato as mortes em seqüência e superlotação da Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA 24h), aliados às graves denúncias de fraudes no processo de contratação de funcionários, deram visibilidade para crise. O SINTRAM enfatizou que o desmonte do serviço público através da terceirização é um alerta antigo da categoria.
No dia 13 de setembro do ano passado foi assinado o contrato de gestão da UPA entre a Prefeitura e o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp), ao custo de R$ 106.199.940,00 por cinco anos. No final de 2022 foi assinado um aditivo contratual de 38,97%, elevando o valor do contrato para R$ 147.591.779,04. No dia 5 de março desse ano, a título de reajuste anual, a Prefeitura autorizou um novo aumento de 4,6082% no contrato, o que significa mais R$ 6,8 milhões nos cofres do Ibrapp.
Com o último reajuste acordado nesse ano de 2024, o valor do contrato saltou de R$ 106,9 milhões em 12 de setembro de 2022, para R$ 154.393.103,04. Durante entrevista o vice-presidente do SINTRAM, Darly Salvador disse que chega de terceirização o sistema OS só visa lucro, a Secretaria de Saúde precisa assumir a responsabilidade de gestão da urgência e emergência.