Na terça-feira (14), uma operação conjunta da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério do Trabalho, denominada “Illusio“, foi investigada no resgate de 28 trabalhadores paraguaios em condições análogas à escravidão em fábricas clandestinas de cigarros nas cidades de Divinópolis e Nova Lima, Minas Gerais. Um trabalhador paraguaio expressou seu desejo de retornar ao Paraguai o mais rápido possível para reencontrar sua família.
A operação, que também envolveu mandados em outros estados como São Paulo, Bahia, Pará e Amazonas, foi investigada no resgate de dois brasileiros e na prisão de 16 pessoas, incluindo o suposto chefe da quadrilha, um empresário de Barueri (SP), encontrado em uma fazenda em Marabá (PA).
Além das prisões, a “ilusão” efetuou uma medida de sequestro de bens e valores, atingindo 38 pessoas físicas e 28 pessoas jurídicas, totalizando R$ 20 milhões. A operação também culminou na apreensão de 11 veículos, incluindo seis de luxo, e mais de 3 milhões de maços de cigarros falsificados.
Uma investigação da Polícia Federal, iniciada há um ano, revelou que uma quadrilha liderada pelo empresário de Barueri aliciava trabalhadores do Paraguai, transportando-os para fábricas clandestinas na região de Divinópolis. Os trabalhadores foram submetidos a condições de trabalho desumanas, ficando trancados, com telefones confiscados e sem acesso ao mundo exterior. A distribuição dos cigarros falsificados ocorria em caminhões, ocultos atrás de cargas de calçados produzidos em Nova Serrana.