Oficialmente, é o fim. E, para o cruzeirense, é sinônimo de alegria. O Cruzeiro está de volta à Série A do Brasileiro. Foram 114 jogos na Série B, três anos de disputa, dois deles muito mais perto de uma queda à Série C. O 2022 se desenhava para um ano ainda mais difícil, mas o 18 de dezembro de 2021 mudou tudo com a chegada de Ronaldo Fenômeno. O jogo da festa é o retrato do que o clube passou nos três anos.
Passados quase 12 meses da chegada de Fenômeno, o Cruzeiro comemora oficialmente o retorno à Série A em jogo que foi retrato do que o clube passou nos últimos três anos. O primeiro gol sofrido e o segundo, já na reta final da partida, representam as duas temporadas: 2020 e 2021.
Representam a dificuldade e, em certos momentos, os poucos recursos para sair do pesadelo que o time viveu. Quem acompanhou de perto o Cruzeiro nos anos anteriores viu o quanto estava difícil para o time se manter vivo.
Salários atrasos, política conturbada e erros administrativos. Um somatório de escolhas ruins e questionáveis que levaram um gigante do Brasil a se ver brigando para não cair para a Série C. O cenário de 2022 era assustador, diante dos bloqueios judiciais, atrasos e falta de recursos.
Mas veio a virada – representada nesse domingo pelos gols de Rômulo e Luvannor. A onda de entusiasmo e alegria nas arquibancadas do Mineirão foi reflexo do ano do cruzeirense em 2022. Ainda mais para afastar um fantasma que assombrou o clube desde 2019. Rebaixar o CSA era um desejo de boa parte dos cruzeirenses.
Mas, mais do que isso, o torcedor do Cruzeiro vê o time voltar a ser protagonista no cenário estadual e nacional, finalizando com o acesso à Série A. E uma gratidão a Ronaldo Fenômeno. Aquele garoto franzino, que deixou o clube no começo da carreira (1994), voltou 28 anos depois para tentar colocar a casa em ordem e montar uma estrutura que ajudasse e não atrapalhasse. As páginas heroicas e imortais voltaram a ser escritas.
Por Gabriel Duarte – GE