Nesta terça-feira (11), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou coletiva de imprensa em relação a um latrocínio contra um idoso de 83 anos, ocorrido no dia 3 de junho, em uma fazenda na comunidade de Passagem, zona rural de Divinópolis.
O autor do crime, de 38 anos, era vizinho da vítima. O homem confessou o crime e, durante depoimento, ele alegou que planejava furtar cabeças de gado e que sabia da rotina da fazenda onde foi praticado o delito.
A Polícia Civil informou que o inquérito já foi concluído, e durante a ocasião, o delegado Marco Antônio Noronha Teixeira detalhou as investigações. “O infrator já sabia como proceder para o furto, com horário e local, mas foi surpreendido pelo idoso, que tentou agredi-lo. Na versão contada pelo acusado, ele se defendeu uma rasteira e a vítima teve uma convulsão ao cair no chão”, afirmou.
Momentos depois, o corpo da vítima foi levado para uma grota a 500 metros da fazenda para simular que o idoso teria morrido por uma queda de altura. Quatro cabeças de gado, estimadas em R$ 20 mil reais, foram furtadas logo em seguida. Após a família ter encontrado o idoso morto, percebeu a falta dos animais, além de rastros de veículo perto da propriedade, o que levou a Polícia Civil a abrir uma investigação por possível latrocínio, isto é, roubo seguido de assassinato.
O laudo de necropsia da Polícia Civil informou que havia lesões internas e externas no corpo e uma clavícula quebrada que perfurou o coração, o que contradiz a versão do autor do crime. A possibilidade é de que a vítima foi golpeada com um objeto contundente, mas não cortante.
Autor de latrocínio está preso
O autor atualmente cumpre pena temporária no Presídio Floramar. Porém, a Polícia Civil já pediu ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para que a prisão seja convertida para preventiva, levando em consideração a gravidade do delito e a confissão do acusado.
O homem será indiciado por latrocínio. Outras duas pessoas que foram apontadas por compradores poderão ser indiciados por receptação culposa, pois o autor do crime se passava por neto da vítima para tentar concretizar a venda. Em depoimento, os negociadores mostraram mensagens por WhatsApp provando a situação.
O delegado Marco Antônio Noronha Teixeira dá mais informações. Veja o vídeo: