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Blog do Leo Lasmar – Classificação com derrota do Atlético serve de alerta para o futuro.

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Os gritos de Cuca captados pelos áudios da transmissão não deixavam dúvidas. O Atlético-MG estava mal formatado em campo no primeiro tempo. Sufoco, gols, situações de erros, cochilo e até queda de energia. No segundo tempo, nada disso. Um gol salvador e a classificação (mesmo com derrota) para a Copa do Brasil.

Apenas duas vezes na história do Galo conseguiu atingir quartas de final na Libertadores e no torneio nacional (2000 e 2016). É uma fase especial. Ainda que a etapa inicial quase causou grande prejuízo do clube. O gol do alívio no segundo tempo, de Vargas, foi o resultado de um time melhor postado em campo, dominando as ações e o adversário, alguns níveis abaixo do time de Cuca.

A escalação de Cuca tem explicações físicas. Nacho chegou perto do limite. Foi acionado na etapa final, e dá outra cara ao time. Sem Zaracho, lesionado, o Galo foi com três volantes e faltou maior conexão no ataque. Savarino não conseguia acertar no espaço que havia no lado de Juninho Capixaba. E Eduardo Sasha não foi uma peça de produtividade, como atacante pela esquerda, mesmo aparecendo em outras zonas.

O Bahia foi para o intervalo com 2 a 0. Abriu o placar com menos de 15 minutos de partida, o que mudou já o confronto. Chute de Rossi, totalmente defensável, que Everson, desconcentrado no lance, aceitou. O goleiro, herói num jogo, vilão em outro, ainda precisa superar desconfianças da torcida.

O Atlético já se preparava para descer rumo ao vestiário quando a luz do estádio apagou aos 44 minutos. Um sinal que já foi de sorte, em 2013, pela Libertadores, representou piora. Depois de oito minutos parado, o jogo retomou. E numa escapada pela esquerda do Bahia, com Sasha ineficiente no combate, Mugni cruzou para Capixaba cabecear. Detalhes importantes, neste ponto.

O lateral esquerdo do Bahia foi escalado como reserva. Mas Matheus Bahia, titular, sentiu problemas intestinais e precisou ser retirado do jogo. Após um apagão da energia elétrica, com gol de um jogador que sequer havia sido escalado originalmente, o Atlético via sua vantagem ser zerada.

Era preciso reagir. E Cuca apareceu. Fez logo três alterações no intervalo. Modificou a estrutura da equipe, tirou dois pontas que não levavam perigo ao gol de Matheus Teixeira. E precisou gastar o já gasto Nacho Fernández para prender a bola no ataque. Deu certo, até demais.

Eduardo Vargas foi essencial, como atacante pela esquerda. Na disputa com Sasha, o chileno, bem fisicamente, focado, ganhará a disputa, pois detém mais talento. E é uma ótima opção para um lado esquerdo bem combalido, sem Keno há semanas. Com o Bahia precisando se jogar, o Galo poderia ter matado o jogo em boa bola de Hulk para Dylan (mais um acerto tático, entrou bem e deu o passe para Vargas). Mas o colombiano, jovem, ainda busca maturação em todas as frentes. Isolou o chute.

No fim, não fez falta. O Atlético está classificado. Sofreu, fez um primeiro tempo para ser esquecido e tem capacidade para jogar muito mais. Há disputa por liderança no Brasileirão, e o temível River Plate na Libertadores. Com a temporada se afunilando, jogos como esses dão respostas e servem de alertas para situações bem mais complicadas que o Galo promete vivenciar.