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Falso policial mata três PMs em São Paulo

Cauê Doretto de Assis tinha identidade falsa da policial civil,

Três policiais militares identificados como, sargento José Valdir de Oliveira Júnior e os soldados Celso Ferreira Menezes Júnior e Victor Rodrigues Pinto da Silva, morreram após serem atingidos por tiros disparados por um homem que se identificou falsamente como policial civil na madrugada de sábado (8). O suspeito também foi atingido e morreu.

Três policiais militares morrem em abordagem a falso policial civil em São  Paulo | São Paulo | G1

De acordo com polícia, os suspeitos tinham saído de uma festa e abordaram uma moto na Avenida Politécnica, no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, por volta das 5h. Os PMs viram a cena e abordaram a moto e o carro com dois ocupantes. Um deles disse que era policial civil. Os PMs solicitaram a arma e a carteira funcional do suspeito, que as entregou para os PMs.

Enquanto os PMs checavam se Cauê Doretto de Assis era mesmo policial civil, ele sacou uma segunda arma, baleou um PM na cabeça, baleou o segundo e correu atirando.

Ele fugiu, mas um terceiro PM conseguiu atingi-lo. Ele foi socorrido ao Pronto Socorro do Hospital Regional de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O falso policial civil também conseguiu atingir esse terceiro PM, que foi ferido, passou por cirurgia no Hospital Universitário, mas não resistiu e morreu por volta de 7h40. O falso policial civil Cauê Doretto de Assis deu pelo menos 15 tiros no terceiro policial militar morto no sábado (8) na Zona Oeste da cidade de São Paulo

O outro ocupante do carro foi detido. Foram quatro mortes no total, três policiais militares e o falso policial civil.

Um dos PMs mortos era sargento e a esposa está grávida de gêmeos. A ocorrência foi encaminhada ao 91º. DP. O caso vai ser investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Investigadores estiveram na casa de Cauê onde encontraram armas de brinquedo e muito material usado pela polícia, como colete à prova de balas, algemas, coldres e até um distintivo usado pela polícia civil. Cauê chegou a apresentar uma carteira funcional da polícia civil durante a abordagem, mas o documento era falso.

Mas, a credencial era falsa e, para surpresa até da família, Cauê nunca foi policial. Vitor Mendonça Ferreira, que estava com Cauê no carro, contou no DHPP como foi a abordagem.

Ele foi levado para a delegacia para prestar depoimento oficialmente como detido e suspeito. As investigações vão determinar se ele também agiu ou se passará a ser testemunha do caso. Ele disse que a abordagem policial acontecia normalmente, mas que Cauê se exaltou. Ele admitiu que ingeriram álcool, mas não explicou porque eles abordaram a moto.

“Ele surtou, surtou, eu não entendi nada do que aconteceu, juro por Deus”, afirmou.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que Cauê não era policial civil e que a carteira profissional usada por ele é falsa. A ocorrência foi encaminhada ao 91º. DP. O caso vai ser investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Militar divulgou uma nota de pesar, lamentando a morte dos três policiais militares. O soldado Celso Ferreira de Menezes Júnior tinha 33 anos e estava na corporação há mais de 10 anos.

O soldado Victor Rodrigues Pinto da Silva tinha 29 anos e estava na polícia há há 6 anos e 9 meses. Já o sargento José Valdir De Oliveira Júnior, de 37 anos, estava na polícia há 14 anos e 5 meses e também deixa uma filha e a esposa, Bianca, que está grávida de gêmeos.