A Justiça de Minas Gerais marcou para a manhã do dia 8 de julho a primeira audiência de instrução e julgamento de Lorena Marcondes de Faria, biomédica de Divinópolis indiciada por homicídio doloso qualificado. Lorena é acusada de ser responsável pela morte de Íris Martins, de 46 anos, que faleceu em maio de 2023 após complicações durante uma lipoaspiração.
Na mesma decisão, o juiz Ivan Pacheco de Castro, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Divinópolis, atendeu a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para que Lorena use uma tornozeleira eletrônica. A medida foi justificada pela mudança de residência da biomédica, que se transferiu de Divinópolis para Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. A mudança dificultaria a fiscalização das medidas cautelares impostas pela Justiça.
Irís Dorotéia do Nascimento Martins, de 46 anos, morreu no dia 8 de maio durante um procedimento estético em uma clínica de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. A responsável pela operação foi a biomédica Lorena Marcondes de Faria. Íris teria pago R$ 12 mil para realizar a lipoescultura. A vítima sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e precisou ser levada para o Hospital São João de Deus, onde morreu horas depois.
Segundo a Polícia Civil, essa cirurgia só pode ser feita com a presença de um médico e de um anestesiologista. A clínica não possuía equipamentos básicos, como monitor cardíaco, e o laser que seria usado no procedimento não tinha chegado no local no momento em que a cirurgia começou.