O assessor especial da Prefeitura de Divinópolis, Fernando Henrique Oliveira, era o servidor ameaçado por uma quadrilha que exigia repasses da Lei Paulo Gustavo. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (24), um dia após as prisões dos quatro suspeitos. Estiveram presentes Fernando Henrique, a vice-prefeita Janete Aparecida e o senador Cleitinho Azevedo.
De acordo com Fernando, duas pessoas são de Divinópolis e outras duas são da cidade de São Paulo. Um deles seria servidor do Tribunal de Justiça do estado paulista. Já outro se identificou como membro de uma facção criminosa.
As conversas começaram em março do ano passado, quando a Lei Paulo Gustavo começou a ser divulgada para que os municípios cadastrem e captem recursos. A cidade de Divinópolis teve direito a R$ 1,9 milhão.
Investigados marcaram encontro na Prefeitura de Divinópolis
Porém, não houve licitação e os repasses da Lei Paulo Gustavo foram para artistas locais. Por conta disso, os investigados se revoltaram e passaram a exigir 50% de Fernando, que passou a ser ameaçado de morte. Os criminosos teriam dito que monitoravam todos os passos do assessor e de seus familiares.
Já na terça-feira (23), os investigados na Operação marcaram um encontro com o assessor no Centro Administrativo. A Prefeitura notificou a Polícia Federal e a Polícia Militar, articulando a operação que terminou nas prisões.
As investigações continuam para que a PF encontre mais pessoas envolvidas. Já o senador Cleitinho irá pedir uma CPI no Congresso Nacional para que investiguem os recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura.
Janete temeu ameaças
A vice-prefeita e secretária de Governo, Janete Aparecida, espera que a Polícia Federal desmembre a quadrilha. Ela disse que teme pela sua vida, de seus familiares, do prefeito Gleidson Azevedo, e principalmente, de Fernando Henrique.
“Estamos falando de família. Não sabemos explicar o sentimento que temos, mas não vamos desistir. É preciso ser feito justiça, tem que ser investigado e não pode ser tratado como caso isolado. Veja a declaração de Janete abaixo:
