Em cumprimento ao desejo do folclorista Vinícius Peçanha, falecido aos 81 anos, a família realiza a cerimônia de espalhar suas cinzas sobre a cidade, utilizando um helicóptero, este passou por locais que tanto marcaram a vida dele.
Nascido em 22 de janeiro de 1943, Vinícius Peçanha, advogado formado na primeira turma de Direito da Faculdade de Direito do Oeste de Minas (Fadom), administrador, ex-promotor de justiça, violinista, compositor, escritor, historiador e esportista.
Vinícius ocupava a cadeira 14 da Academia Divinopolitana de Letras, chegando a atuar como professor de música, de francês e até mesmo de capoeira. Ele teve um artigo publicado no jornal francês Le Monde e estudou, também, no observatório de astronomia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tendo como orientador o astrônomo Bernardo Riedel.
Ademais, estudou no conservatório de música do Rio de Janeiro e participou do festival da Canção, em 1967, no Maracanãzinho, onde várias de suas apresentações foram transmitidas pela TV Tupi e Itacolomi, além de ser homenageado com a medalha Candidés e com o troféu Estatus. Como compositor de samba enredo, foi o vencedor de várias edições no carnaval de rua de Divinópolis.
Algumas de suas obras são os CDs Missa Conga e Missa do Peão, além de mais de 100 composições com partituras de sua autoria. Como profundo apreciador e defensor da cultura e tradição mineira, foi responsável pela construção da réplica da Igrejinha do Rosário, na Praça do Mercado.