Parece até filme repetido, com mesmo enredo e final. Mais uma vez, o Atlético saiu na frente, cedeu o empate e levou a virada nos minutos finais, no Mineirão. Na véspera do jogo decisivo do ano, contra o Palmeiras, pela Libertadores, o Galo saiu de campo com emocional sendo questionado – inclusive pelo atacante Hulk – e precisa se reinventar para salvar ano.
Pela 10ª vez na temporada, o Atlético saiu na frente, mas não ficou com a vitória. O time está longe de apresentar o futebol de glórias de 2021. Na quarta-feira, tem o jogo mais importante da temporada: a volta das quartas de final contra o Palmeiras, pela Copa Libertadores.
No jogo de ida, o Galo também chegou a sair na frente, fez 2 a 0, mas acabou cedendo o empate, no segundo tempo. Cuca sabe que o time paulista é favorito, mas ainda não jogou a toalha.
“É inquestionável o favoritismo do Palmeiras, quarta-feira. Tem a faca e o queijo para cortar quarta-feira. Vive momento mágico, por mais que torcedores fiquem bravos comigo”
O Atlético chega com pressão diante do Palmeiras, porque não vem de bons resultados. O último nesse domingo, no Mineirão, com o Athletico-PR, quando levou a virada por 3 a 2, após dominar grande parte do jogo.
Em um primeiro tempo sem emoção no Mineirão, o Galo abriu o placar com a bola parada, com Igor Rabello de cabeça. Na etapa final, Vitor Roque conseguiu o empate em lance individual de muita habilidade antes do primeiro minuto. E a partir daí, o jogo ficou lá e cá.
O Atlético voltou a ficar à frente do placar com Pavón. O atacante foi titular pela primeira vez na equipe alvinegra e mostrou que pode ser um respiro positivo para a sequência da temporada. Teve uma atuação acima da média e não só pelo gol, mas por toda a movimentação em campo.
Quando parecia que o time de Cuca iria retomar o controle do jogo e construir a vitória, um banho de água fria veio logo no minuto seguinte com o empate do Furacão. Em apagão do sistema defensivo, Vitor Roque (de novo), desta vez, de dentro da área empata.
O empate já estaria ruim para o time que ainda sonha (ou sonhava) em buscar o título do Brasileiro. Mas, no acréscimo dos acréscimos, o Furacão achou um contra-ataque mortal em mais um cochilo do Galo. Nova derrota para o time de Cuca, que perdeu ainda a invencibilidade de 27 jogos com o Galo, no Mineirão.
O Atlético ficou a 13 pontos do Palmeiras e vai precisar de uma corrida de recuperação considerada difícil, neste momento. É o que pensa o atacante Hulk:
“Brasileiro é muito difícil, principalmente você está a 13 pontos do primeiro colocado. É muito difícil. Aprender com os erros. Se não for humilde, reconhecer os erros, vai ficar lamentando toda hora. “
Pelas contas de Cuca, ao chegar para sua terceira passagem há duas rodadas, o time teria que vencer 15 das 19 partidas restante e sonhar com tropeço do Palmeiras para conquistar o Brasileiro. Sem vencer os dois primeiros jogos na competição, a missão do treinador no Galo ficou mais difícil.
A Libertadores é o caminho mais “curto” para levantar mais um troféu em 2022. O time, que venceu a Supercopa diante do Flamengo, e o Campeonato Mineiro, em cima do rival Cruzeiro, tem na competição continental a chance de “salvar” o ano, já que o Brasileiro está cada vez mais distante do atual campeão.
O Atlético precisa retomar a sintonia do ano passado para chegar ao fim da temporada feliz. A reação precisa ser imediata, como concluiu Hulk
“Temos um grande jogo na quarta. Se deixar para lamentar depois, vai custar muito caro para a gente”.
Por Laura Rezende – GE