O regionalismo e o sotaque denunciam qualquer pessoa. É difícil confundir um mineiro durante uma entrevista, ou dizer que não veio do nordeste do Brasil. Isso é bom, pois nos mostra de onde viemos e qual a nossa essência inicial.
Certa vez fui ao Rio de Janeiro para uma visita a uma Igreja que investia muito em missões no estado de Minas Gerais. Durante o almoço missionário que aconteceu no domingo eu me vi rodeado de irmãos à me cumprimentar. Foi um desfile linguístico de “xs”, e ao mesmo tempo uma aventura no verbo “coisar”, no “uai”, nos “trens” de todo formato diferente.
De quando em vez ouvia um ríspido “tchê” ou um cantado sotaque nordestino quase me embalando no falar. Éramos um só corpo, uma só nação e uma só família reunida naquele local. Como era bom viver em união, estar em comunhão parecendo que nos conhecíamos há anos a fio.
No texto que lemos alguns Efraimitas estavam fugindo e desejavam cruzar o Jordão a base da mentira, dizendo não ser de Efraim. Mas como sua língua não conseguia pronunciar “chibolete” só “sibolete” eram mortos e impedidos de cruzar o rio. Mesmo que negasse ser efraimita sua língua o trairia.
O que nosso coração está cheio é transbordado em nossa linguagem e atitudes. Quem tem no coração só maldade e imoralidade porá duplo sentido em quase todas as suas palavras. E quem vive em falsidade será falso o tempo todo (e é facílimo reconhecer isso). Também quem é aproveitador fará de tudo para conseguir lucro abusivo. Verdadeiramente quem vive queixoso afasta as pessoas (pois ninguém suporta um murmurador).
Pense nisso, sua fala e atitudes identificam quem você é e de que lado você está.
Um grande e forte abraço.
Nos eternos e fraternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo na difícil tarefa de ser identificado com Cristo.
