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Rascunhos da Vida: Capim-navalha

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Retirado de arquivo pessoal

A flora e fauna brasileira são de uma imensidão tremenda. O colorido das matas chama nossa atenção. Flores, aves, borboletas com suas cores vibrantes e alegres, répteis faceiros, anfíbios com suas cores de alerta sobre a gravidade de sua toxidade.

Gênesis 1.11,12

Retirado de arquivo pessoal

A minha vida na infância se resumia a algumas poucas coisas: estudar, brincar, nadar nos rios e lagoas, pescar, pregar “peças”, caçar e sobreviver. Numa destas precisei experimentar a dureza da fauna brasileira e como ela conseguiu preservar minha vida.

Fui pescar na “volta da lagoa”, local lendário cuja curva puxava carros para dentro dela, onde “existiam traíras de três palmos” (nunca peguei, nem vi alguém que pegou, mas sempre tinha alguém que ouviu falar). Depois de muito pescar e nada conseguir pegar, a não ser algumas piabas e uma traíra que dava dó de tão magrela. Avistei um ninho de maritaca numa barreira, era janeiro, época de reprodução das “Maracanãs”.

Resolvemos subir, eu e meu inseparável facão, para tentar pegar aqueles filhotes. Cheguei à beira do barranco e pensei na estratégia para alcançar o buraco. Olhei ao redor e não havia nada em que eu pudesse me prender, então deitei na beirada do barranco e comecei a fazer alguns degraus. De repente começou a chuviscar, fui tentar levantar depressa para esconder da chuva e escorreguei.

Quando estava caindo segurei num monte capim. Era uma moita de capim-navalha, enquanto eu segurava o capim, ele cortava minha mão, enquanto ele trazia salvação para mim, doía-me no fundo da alma. Consegui subir, mas o corte no meu indicador direito deixou uma cicatriz permanente. Ainda bem, que Deus produziu na fauna brasileira o capim, e o pecado lançou sobre ele a maldição de ser navalha.

Deus criou todas as coisas boas, mas o pecado fez com que a criação fosse deteriorada e amaldiçoada. Produziram-se espinhos, abrolhos, e cardos, os animais pararam de se comunicar com o homem, e agora agiam com estranheza e agressividade, pois o pecado trouxe maldição a toda a terra, produzindo sofrimento, pesar, culminando na declaração de morte sobre todo ser vivente.

O pecado produz marcas permanentes, como a cicatriz no meu dedo, é algo que não pode ser ocultado, que não pode ser abafado, que não tem como retirar por obra humana. Somente Deus pode retirar o peso do pecado e a maldição sobre toda criação. Mas para isso é necessário sacrifício, é necessário derramar de sangue. O sangue do cordeiro, o sangue do sumo sacerdote, o sangue do unigênito do Pai.

Pense nisso: o sangue das minhas mãos preservou minha vida. Mas somente o sangue de Cristo na cruz do Calvário concedeu perdão e vida eterna àquele que crê em seu sacrifício vicário, precioso e aceitável por nós pecadores. Somente Jesus pode nos conceder vida eterna, mesmo que você morra nesta terra viverá por toda eternidade se Cristo for seu Salvador.

Um grandioso abraço!
Nos eternos laços do amor de Cristo!

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que sabe que sem derramar de sangue não há remissão dos pecados.