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Blog do Leo Lasmar – Aprender com a eliminação para não perder o Brasileirão.

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Bastava uma vitória dentro de casa, com o apoio do torcedor, para o Atlético voltar a vivenciar uma final de Copa Libertadores. Não deu. O empate do Palmeiras elimina o time, mas não mina a confiança da torcida no que o Galo ainda pode proporcionar em 2021. É o que se viu no Mineirão.

Simbólico o aplauso da torcida ao fim do jogo em que a Libertadores ficou no caminho. O sabor amargo se justifica. O Atlético abriu o placar, era segurar o resultado e viajar para Montevidéu em novembro. Mas havia um nervosismo incomum, e incorporado na falha do gol de empate do Palmeiras.

O melhor time da fase de grupos, após eliminar os gigantes Boca Juniors e River Plate, ficou no “quase” pela Libertadores. Mas há Copa do Brasil e Brasileirão pela frente. E a torcida sabe disso. Antes de a bola rolar no Mineirão, o cântico era: “Vamos Galo, ganhar a Libertadores”. Logo, já deixando o estádio, os 18 mil presentes trocaram para “ganhar o Brasileiro”. Se a taça não vier em 2021, serão 50 anos de jejum.

O Atlético é líder da competição, com oito pontos de vantagem justamente para o Palmeiras. Tem uma defesa difícil de ser rompida, ainda que esta muralha não tenha aparecido na terça-feira. Nathan, que faz uma temporada de altíssimo nível, recebeu um amarelo cedo (e estaria suspenso na final), e cometeu outras falhas de leitura.

Guilherme Arana não teve espaço na esquerda, Nacho Fernández descobriu bons passes (deu um gol para Vargas, que não aproveitou), mas salta aos olhos que o tanque de combustível do argentino parece na reserva. Lá na frente, Vargas fez o gol, mas poderia ser bem mais decisivo. Não faltaram oportunidades. Hulk, que havia errado pênalti na ida, também não brilhou. O trabalho é de não desanimar e lembrar que a ambição do clube para o ano continua sólida.

A final da Libertadores, que não chegou, pode ser substituída pela também milionária Copa do Brasil. Há o Fortaleza (terceiro do Brasileiro) nas semifinais. E é um troféu que falta ao currículo recheado (e elogiado por Abel Ferreira) do técnico Cuca, bastante lúcido na entrevista coletiva pós-jogo. É erguer a cabeça, colocar gelo no sangue e mirar o Internacional no sábado.

Por Fred Ribeiro – GE