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60 anos da ditadura: Conheça a história de Celso Aquino e Benedito Gonçalves

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Celso Aquino Ribeiro nasceu em São Tomás de Aquino, sul de Minas, no dia 23 de dezembro de 1938. Filho de pai farmacêutico e mãe doméstica, em 1958, quando atuava como servidor público e foi transferido para Divinópolis na função de fiscal de rendas. Um documento do serviço nacional de inteligência, de 29 de abril de 1964, acusa moradores da cidade de atividades subversivas, que culminaram em sua primeira prisão.


A segunda prisão de Celso Aquino aconteceu em 1969. Ele estava em lagoa da prata , onde mobilizava organização de trabalhadores. Ainda membro da Corrente Revolucionária de Minas Gerais foi levado para juiz de fora e ficou preso até 1971. Pelos relatos da época, essa foi a prisão mais dura.
Quando saiu da prisão, Celso retornou ao trabalho, mas devido às perseguições políticas abandonou o serviço público e ingressou na faculdade de direito. Continuou atuando nos movimentos de oposição como a greve dos trabalhadores metalúrgicos de Divinópolis, no ano de 1979. Essa greve se configurou, à época, como a segunda maior paralisação do país e contou, inclusive com a participação de Lula, então líder sindical. Durante o movimento, Celso Aquino foi preso pela terceira vez.


Após sua formatura, em 1981, Celso Aquino passou a advogar e teve participação fundamental na criação do Partido dos Trabalhadores. Celso também foi eleito vereador em Divinópolis por duas vezes, em 1988 e 1992. Faleceu no dia 31 de maio de 2002, deixando esposa, quatro filhos, nove netos e uma bisneta
Inaugurado em 2017, o Instituto Celso Aquino pelos Direitos Fundamentais tem como finalidade a realização de debates e a união de diversas forças democráticas, na luta contra a opressão.
Operário morto em greve


Benedito Gonçalves, nasceu em 28 de agosto de 1931. Operário da antiga Companhia Siderúrgica Pains, morreu durante as manifestações de 1979, deixando mulher e cinco filhos.
De acordo com seu relatório no dossiê de mortos e desaparecidos, no dia 13 de agosto de 1979, ele participava de um piquete de greve em frente à antiga Companhia Siderúrgica Pains, quando foi atingido por um policial na cabeça com um cassetete. Levado por uma viatura para o Hospital São João de Deus, recebeu alta no mesmo dia. À noite, teve crise de delírios e voltou ao hospital, morrendo no dia 20, aos 49 anos, por traumatismo craniano.