O Regime de Recuperação Fiscal do governo de Minas é alvo de várias críticas. O assunto foi tema de uma audiência pública realizada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A sessão durou cerca de sete horas. O grupo de oposição ao governo já enfatizou que é contra a proposta como ela está.
Um dos pontos criticados é o aumento da dívida mesmo com a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. A dívida de Minas Gerais com a União será de aproximadamente R$ 210 bilhões daqui a nove anos. Isso representa um aumento de 34% em comparação com o montante devido atualmente, de R$ 156,2 bilhões.
A projeção é do próprio secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa. Segundo ele, durante os nove anos de vigência do RRF, o estado não pagaria a dívida, e sim os juros. Nos primeiros 12 meses, a cobrança é suspensa. No segundo ano, Minas Gerais paga 11,11% do serviço da dívida o percentual aumenta a cada ano até atingir 100% no último. Ao final do RRF, o total pago referente a juros seria de R$ 123,1 bilhões.
Durante entrevista a deputada estadual Lohanna França, ainda apontou outros pontos prejudiciais. Um deles o congelamento do salário dos servidores e ausência de garantias de reposição salarial dos professores. Mesmo o salário deles sendo garantido por recurso específico do FUNDEB. Ela ainda criticou a proposta do governo de privatizar a CODEMIG. Segundo a deputada a empresa gera um lucro de 2 bilhões por ano.