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Veja a verdade sobre a síndrome da “doença da urina preta”

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Foto: Pixabay

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Circula em grupos de WhatsApp uma mensagem sobre a situação da “doença da urina preta” . Na mensagem é apresentada a foto de uma pessoa que teria morrido, vítima da doença, na cidade de Santarém, no Pará. A morte é verdadeira e se trata de Genivaldo Cardoso de Azevedo, de 55 anos. Ele morreu com suspeita de rabdomiólise, um dos sintomas mais comuns da Síndrome de Raff.

A Síndrome de Haff é chamada de “doença da urina preta”, porque este é um sintoma muito comum entre as pessoas contaminadas. A principal suspeita é que a doença seja causada por uma toxina biológica, que pode ser encontrada em algumas espécies de peixes, se mantidas em condições inadequadas de armazenamento. Ou até mesmo em algas que servem de alimento para estes peixes.

Quando, por algum motivo, a toxina atinge o nosso organismo, ela causa a rabdomiólise, que é a lesão na musculatura do corpo. Os músculos lesionados liberam no sangue um pigmento chamado mioglobina. É esse pigmento que provoca a famosa “urina preta”.

Em grande quantidade, a mioglobina sobrecarrega os rins, responsáveis pela filtragem do sangue humano. Isso pode levar a lesões renais e até à necessidade de hemodiálise. Ou mesmo à morte, segundo Osvaldo Merege Vieira Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia(SBN). Para evitar isso, é essencial manter o paciente bem hidratado.

O infectologista Antonio Magela, Diretor de Assistência Médica da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), em Manaus, explica que apesar dos surtos serem relacionados a pacientes com “histórico de ingestão prévia de peixe”, essa correlação não é comprovada pela ciência. “Queremos definir uma causa real para isso. Nem o Brasil, nem outro país no mundo tem a causa real para surtos de rabdomiólise, segundo o médico.

Desta forma, é enganoso afirmar que as três espécies de peixes estão diretamente ligadas a essa Síndrome. Apesar das fortes evidências, ainda não há uma comprovação cientifica. E mesmo se for comprovada essa ligação da doença com o consumo de pescado, a toxina não é criada de acordo com a espécie do animal e sim pelas más condições de armazenamento do alimento.

Fonte: R7.com.br