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Tinta mais branca do mundo pode substituir o uso do ar condicionado afirma cientistas

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Foto: Divulgação

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De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), em 2019 havia pouco mais de 1,6 bilhão de aparelhos de ar-condicionado em prédios em todo o mundo, e a previsão é que em 29 anos esse número chegue a 5,6 bilhões de aparelhos.

Em suma, e conforme descrito pela AIE, a partir dessa época até 2050, cerca de um desses dispositivos poderia ser vendido a cada 10 segundos. Desta forma, os condicionadores de ar já representam quase 20% do consumo total de energia elétrica no mundo, um golpe que, claro, é fortemente sentido pelo meio ambiente e que contribui, ano após ano, para o impacto das mudanças climáticas no planeta.

Pensando nisso, um grupo de cientistas da Purdue University, em Indiana, nos EUA, focou no desenvolvimento de uma alternativa aos condicionadores de ar, e acabou encontrando uma opção que, além de ser a mais nobre com o meio ambiente, também obteve um recorde do Guinness.

“Quer economizar muito nas contas de ar-condicionado? Espere alguns anos para cobrir sua casa com a tinta mais branca do mundo, o que pode reduzir drasticamente ou até eliminar a necessidade de ar-condicionado”, explicou a universidade em um comunicado à imprensa.

Com o objetivo de conter o aquecimento global, o grupo de pesquisadores, liderado pelo professor de engenharia mecânica Xiulin Ruan, iniciou um projeto há menos de uma década que buscava criar uma pintura que refletisse a luz do sol de um edifício e, dessa forma, contribuir para a redução dos aparelhos de ar-condicionado no mundo.

“Quando iniciamos este projeto, há cerca de 7 anos, tínhamos em mente a economia de energia e o combate à mudança climática”, disse Ruan durante um episódio do podcast “This Is Purdue”, um projeto de comunicação de propriedade da universidade.

Porém, de acordo com o relatório apresentado pela instituição de ensino, durante a pesquisa o conceito de que a tinta deveria ter a cor branca para atingir o efeito desejado tornou-se cada vez mais necessário: um reflexo quase total da radiação solar.

“A formulação criada pelo laboratório de Rouen reflete 98,1% da radiação solar e emite calor infravermelho. Como a tinta absorve menos calor do sol do que emite, uma superfície recoberta com essa tinta resfria abaixo da temperatura ambiente sem consumir energia”, explica a instituição.

Assim, o líder do projeto garantiu que ao cobrir 304 metros quadrados com essa tinta, seria alcançada uma potência de resfriamento de pelo menos 10 quilowatts, que “é mais potente que os condicionadores de ar que a maioria usa nas casas”.

Embora, como dito anteriormente, a ideia do resfriamento não fosse baseada em ter uma tinta branca, o uso de um composto químico denominado sulfato de bário fez com que esse material tomasse esse tom, além das diferentes quantidades que se utilizavam dessa substância dentro da tinta.