A baixa do nível do Lago de Furnas no Sul de Minas fez o reservatório artificial que abastece a Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra (MG), virar praticamente um pasto na maioria das cidades que utilizam o lago para o turismo e sustento de pescadores e piscicultores. Há cerca de 10 anos, comerciantes e pescadores que dependem do turismo e da criação de peixes sofrem com as constantes secas do lago, que também é habitat natural de diversas espécies de animais.
Considerada a maior caixa d’água do Brasil, o lago artificial de Furnas foi criado na década de 1950 para abastecer a Usina Hidrelétrica de Furnas, até hoje uma das mais importantes para a geração de energia elétrica do país. Na época, várias cidades do Sul de Minas foram inundadas e a população precisou ser deslocada. Até hoje, quando a água baixa, é possível reviver o passado e ver ruínas de construções antigas que foram cobertas pela água.
“Hoje, nós temos simplesmente as águas do lago se prestando apenas à geração de energia elétrica. Assim, as cidades que margeiam o lago, passam a ter várias dificuldades. Elas perdem aquela capacidade de ar a água o uso múltiplo”, falou o presidente da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Djalma Carvalho.