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Preço do diesel pode aumentar mais R$ 0,10 com retorno de impostos

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Os preços dos combustíveis continuam a ser um tópico em destaque, à medida que oscilações no mercado global e mudanças internacionais têm impacto direto nas bombas de gasolina. Um recente levantamento realizado pela ValeCard, uma empresa especializada em soluções de mobilidade, revelou que o etanol hidratado se tornou mais competitivo do que a gasolina em 12 estados do Brasil durante a quarta semana de agosto. A pesquisa mostrou que o preço médio do etanol hidratado nos postos de combustível aumentou 0,79%, alcançando 3,789 reais por litro entre 21 e 27 de agosto, em comparação com a semana anterior (14 a 20 de agosto).

Enquanto isso, o valor médio da gasolina avançou 2,39%, atingindo 6,024 reais por litro no mesmo período. A escalada nos preços dos combustíveis está sendo influenciada pelo aumento anunciado pela Petrobras, principal produtora de combustíveis do país. A empresa elevou os preços médios da gasolina em 16,3% e do diesel em 25,8% para distribuidoras neste mês.

“Estamos na segunda semana consecutiva de aumento nas bombas, pois o repasse do reajuste é gradual. Como o novo preço já está no varejo, nos próximos dias os consumidores não devem encontrar grandes variações na hora do abastecimento, a não ser que sejam divulgadas outras medidas”, explica o Head de inovação e portfólio na ValeCard, Brendon Rodrigues.

A ValeCard destacou que a oscilação de preços influi diretamente na decisão de motoristas que possuem carros com motores flex. Segundo a empresa, para que o uso de etanol hidratado compense financeiramente em relação à gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o preço do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil.

Considerando essa metodologia, na quarta semana de agosto valeu a pena abastecer com etanol nas seguintes unidades federativas: Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Na semana passada, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) publicou dados que mostraram que a competitividade conquistada pelo biocombustível nos postos, frente ao concorrente fóssil, está surtindo efeito na decisão de abastecimento dos consumidores.

Na primeira metade de agosto, as vendas de etanol hidratado avançaram 15% em relação ao mesmo período de 2022, totalizando 752,38 milhões de litros. No caso do etanol anidro (misturado na gasolina vendida nos postos), a variação foi negativa em 3,86%, resultando em um volume de 477,41 milhões de litros.

Já o diesel, combustível mais comercializado do país, subiu nos postos 6,62% na quarta semana de agosto ante a anterior, para uma média nacional de 6,263 reais por litro, segundo a ValeCard. O reajuste da Petrobras veio depois de uma disparada recente dos preços do petróleo e de seus derivados no mercado global. O repasse de reajustes da Petrobras aos consumidores finais nos postos não é imediato e depende de uma série de questões, como mistura de biocombustíveis, impostos e margens de distribuição e revenda. O mercado sofre ainda influencia de outros agentes, pois conta com outras refinarias privadas e importa cerca de 25% do óleo diesel e 15% da gasolina, o que também interfere na precificação dos custos das distribuidoras aos postos.