As demissões foram confirmadas pelo próprio Guedes, em entrevista à imprensa. Guedes disse que houve hoje uma debandada do seu ministério:
— O Salim hoje me disse o seguinte: “a privatização não está andando, eu prefiro sair”. E o Uebel me disse o seguinte: “a reforma administrativa não está sendo enviada, eu prefiro sair”. Esse é o fato, não escondo. Houve uma debandada? Hoje houve uma debandada.
Guedes disse que Salim Mattar saiu porque as privatizações não avançaram. Ele era o responsável por essa área no governo e, até agora, praticamente nada foi privatizado.
— O Salim Mattar pediu demissão hoje, e isso na verdade é um sinal de insatisfação dele com o ritmo de privatização — disse Guedes, ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), numa entrevista que era inicialmente sobre o teto de gastos.
— O que ele (Salim) me disse é que é muito difícil privatizar, que o establishment não deixa haver privatização, que é tudo muito difícil, muito emperrado — acrescentou.
Já Uebel deixou o governo pela demora no envio na reforma administrativa, que, como revelou o GLOBO, ficará para 2021. Ele era o secretário que montou essa reforma, prometida desde o ano passado e que não avançou por decisão do presidente Jair Bolsonaro.