A Justiça de Minas Gerais negou o pedido de liberdade condicional e prisão domiciliar para Victor Dornas Ribas, suspeito de matar o médico divinopolitano Vinícius Soares Garcia a facadas em Belo Horizonte, no último sábado (22). Com a decisão, a prisão em flagrante do homem, de 30 anos, foi convertida em prisão preventiva por prazo indeterminado.
O corpo de Vinícius foi velado e enterrado no domingo (23), em Divinópolis.
Na decisão, a juíza Juliana Miranda Pagano, enfatizou que o crime ocorreu no apartamento da vítima e destacou que o médico Vinicius Soares Garcia foi esfaqueado 29 vezes. Além disso, ela pontuou que o suspeito saiu do imóvel logo em seguida, deixando a vítima sem socorro.
A juíza determinou que após Victor receber alta do Hospital André Luiz, ele deverá passar por um exame de corpo de delito e encaminhar as prescrições médicas para a unidade prisional em que for levado.
O crime aconteceu dentro do apartamento da vítima. O suspeito relatou ter conhecido Vinícius há 15 dias e passou a noite de quinta (20) e o dia inteiro de sexta (21) na companhia das pessoas dentro do apartamento e alegou ter sido drogado por Vinícius, “não sabendo dizer quando”.
“Lembra de ter acordado na madrugada de sábado e perceber que tinha sido abusado por Vinicius e que o mesmo não o deixava sair do apartamento, o ameaçando com uma faca. Relata que entrou em luta corporal com a vítima, conseguindo tomar-lhe a faca e então desferir golpes de faca contra ele. Ao perceber que a vítima tinha caído ao solo, tentou suicidar, não obtendo êxito e desmaiado”, diz trecho do boletim de ocorrência.
Após o ocorrido, o suspeito procurou um psiquiatra e contou o que fez. Com diagnóstico de surto psicótico, ele foi internado no Hospital André Luiz.
Ao analisar o caso, a juíza avaliou a “gravidade concreta dos fatos” e ressaltou que a vítima foi morta a facadas dentro de sua própria residência, com 29 golpes – a magistrada inclusive usou caixa alta no texto da decisão para destacar a quantidade de facadas. Vinícius sofreu 10 perfurações no peito, uma no rosto, três na mão esquerda, uma na mão direita, seis na cabeça/pescoço e oito nas costas.
Sobre o pedido de liberdade provisória feito pela defesa, ela afirmou que essas avaliações demandam o aprofundamento das investigações e eventual instrução probatória. “E, mais, não é o caso, também, de substituição por prisão domiciliar, já que não se encontram presentes nenhum dos requisitos do art. 318 do CPP, não sendo plausível, também, conceder-se liberdade ao autuado considerando possibilidades futuras alegadas pela defesa de seu quadro de saúde mental vir a piorar caso seja mantido preso”, determinou.
Na decisão, a magistrada determina que após alta médica, o acusado seja submetido ao exame de corpo de delito.
https://www.sistemampa.com.br3/noticias/medico-divinopolitano-assassinado-em-bh-e-sepultado-em-divinopolis/
