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Trabalhadores da Educação do Estado farão Conselho Geral com indicativo de Greve Sanitária

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O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) vem a público informar que decidiu convocar para o próximo dia 7 de julho de 2021, às 9h, o seu Conselho Geral e já está pautado indicativo de greve sanitária em todo o estado de Minas Gerais. Neste dia haverá paralisação total de atividades.

A decisão é uma resposta ao governo do Estado, que anunciou retorno presencial às escolas a partir de 12 de julho. Pedimos às famílias que não enviem seus filhos e filhas para as escolas nesse momento. Há riscos sim de novas contaminações e de mais perdas de profissionais da educação, especialmente, em municípios que estão na onda vermelha.”

Minas Gerais registrou no dia de ontem (01/7/21) um cenário ainda extremamente preocupante: 46.459 mortes e 1, 81 milhões de infectados com a Covid-19. E é diante desse quadro que o governo do Estado convoca a educação para as aulas presenciais sob o argumento de que o checklist está de acordo com as recomendações sanitárias.

Para o Sind-UTE/MG, onda vermelha favorável não existe. O governo do estado de Minas Gerais quer fazer da escola um grande tubo de ensaio e assim verificar a possibilidade de contaminações em massa pelo vírus. “Não estamos dispostos a colocar a nossa vida e nem a dos nossos estudantes em risco. O Sind-UTE/MG defende a educação e prima pela vida. Queremos a volta presencial às aulas quando houver imunização de toda a população”, afirma a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, professora Denise Romano.

De Março a junho deste ano, o Sindicato redigiu mais de 160 notas de pêsames de profissionais da educação que perderam suas vidas pela Covid-19, destes 120 educadores e educadoras da ativa e mais de 40 aposentados/as. “São pais, mães e arrimos de famílias. Profissionais que não voltarão mais para a escola e deixarão órfãos também a comunidade escolar.

O Sind-UTE/MG é categórico: “A volta às aulas neste momento é um sinal de alerta máximo de perigo iminente que pode e deve ser evitado. Basta bom senso, cuidado com pessoas, investimento em vacinação e menos falácia. O governo do Estado, as Secretárias da Saúde e da Educação sabem que isso será uma catástrofe, mas, mesmo assim querem nos colocar no olho do furacão. O mundo dá sinais de que medidas intempestivas como essas tiveram péssimos resultados e fizeram eclodir o vírus, proporcionando a morte de milhões de pessoas.”

Batalha para manter a vida

Vale destacar que o Sind-UTE/MG travou uma batalha na justiça contra o governo e, por cerca de 1 ano e 4 meses, através de uma decisão liminar conseguida junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) garantiu a suspensão da convocação presencial dos trabalhadores em educação (exceto os diretores de escola) e o não retorno presencial das atividades escolares até que fossem implementados todos os protocolos sanitários, conforme decisão já proferida na liminar desde abril de 2020. “Mas, é público e notório que o governo não cumpriu todos os protocolos. As escolas continuam sem infraestrutura adequada. Estão bonitas e preparadas só na foto.”

A luta não para e vai continuar. A categoria da Educação, que em Minas responde por 80% do funcionalismo público, se mobiliza e o Sind-UTE/MG busca no apoio de sua base e da sociedade forças para impedir que o vírus da Covid-19 se alastre ainda mais com o retorno presencial às aulas.

Conceito – Greve Sanitária

A greve sanitária, também conhecida como greve ambiental, é uma greve deflagrada em função de uma emergência que coloca a segurança e vida dos trabalhadores em risco, como é o caso da pandemia da COVID-19. Ou seja, o ambiente “laboral” pode acarretar risco à segurança da vida do trabalhador.

No caso, a discussão da deflagração da greve é motivada em função da exigência de um trabalho presencial que pode trazer graves e sérios riscos a vida e saúde dos profissionais. Assim, por todo o risco que o ambiente laboral pode vir ocasionar ao trabalhador a manutenção do trabalho será pela forma remota, já que a atividade presencial não possui as medidas sanitárias que garantam a segurança do trabalhador em seu ambiente de trabalho com a falta das medidas sanitárias.