A leptospirose em cachorro é assunto sério. Isso porque, além da doença ser uma zoonose, ou seja, transmissível para humanos, é uma das principais durante as estações mais úmidas. O número de casos aumenta durante os períodos de chuva, como verão e outono, porém o cuidado deve se estender por todo o ano.
Eliana Oliveira Souza, de 58 anos, moradora do bairro Manoel Valinhas, em Divinópolis, chamou a atenção para essa doença, pois relatou que trabalha em uma Clínica Veterinária, e há cerca de uma semana, teve contato com um cachorro com leptospirose. Assim que percebeu o contato, procurou o serviço de Zoonoses da cidade, mas não obteve sucesso nas ligações, então decidiu procurar a Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto, já que está com sintomas de dor de cabeça, dor nos olhos, dentre outros.
“O cachorro chegou na clínica na quinta-feira passada, foi internado, e foi constatado a leptospirose, e como sou faxineira na clínica, eu tive contato com o cachorro. O cachorro veio a óbito. Tentei contato com a zoonoses para obter orientações de como proceder em casos como esse, mas ninguém atendeu as ligações. Fui na UPA e lá fui informada que eu deveria procurar outros meios, porque o resultado do exame era dentro de 10 dias, e tomar o remédio seria dentro de 7 dias, ou seja, não tive diagnóstico. Como eu vou tomar remédio se eu nem sei o meu diagnóstico. Essa doença serve para alertar a população, porque é uma doença perigosa”, afirmou Eliana. Acompanhe entrevista completa com Eliana e entenda o caso:
Posicionamento da Zoonoses:
O que é a leptospirose canina?
A leptospirose é uma uma doença causada pela bactéria Leptospira, muito associada aos ratos urbanos, porque está presente no organismo desses animais sem causar mal a eles.
“As leptospiras conseguem penetrar na pele de animais e humanos, produzindo lesões em vários órgãos, principalmente rins e fígado”, explica a Dra. Larissa. O nível da doença varia de acordo com a idade, o sistema imunológico e o histórico do pet. Em casos mais graves, ela pode levar à morte.
Como a leptospirose é transmitida?
O contágio da bactéria se dá pelo contato com o animal ou a urina contaminada (de ratos, gambás, guaxinins) ou com secreções de um pet infectado. Como dito, trata-se de uma zoonose, o que quer dizer que a leptospirose canina pode ser transmitida para humanos.
Por isso, é necessário atenção ao cuidar de um pet doente, utilizando luvas e realizando limpezas frequentes no ambiente. Após o contágio, os primeiros sintomas começam a aparecer em até 7 dias.
Quais são os sintomas?
Nem sempre é fácil identificar a leptospirose em cachorros. Além de as principais causas serem comuns a diversas outras doenças, eles também podem variar de acordo com o pet. “Os sinais clínicos dependem da idade e da imunidade do pet”, comenta a Dra. Larissa. Mas fique atento a leptospirose canina: sintomas como:
- Prostração;
- Febre;
- Perda de apetite;
- Vômito,
- Icterícia (coloração amarelada das mucosas, pele e branco do olho).