Por Felipe Machado
Há 143 anos, em 13 de abril de 1882, nascia Adolpho Machado, uma das personalidades marcantes na história de Divinópolis. Filho de Francisco Machado Gontijo e Anna Leopoldina de Jesus. Vão aqui duas passagens da vida de Adolpho:
A primeira, ainda na juventude, marcou a convivência de Adolpho com a jovem Castorina. A menina era filha do primeiro casamento de sua madrasta, sra. Donatila Eudoxia. Após a viuvez, seu pai havia se casado novamente, com uma mulher também viúva, mãe de duas filhas. Criados como irmãos, Adolpho e Castorina cresceram juntos no pequeno Arraial do Espírito Santo do Itapecerica, hoje Divinópolis. Certa vez, alguém da família sugeriu: “Sô Chico, o que acha do casamento do menino Adolpho com a Castorina?” O Sô Chico, nosso Patriarca Francisco Machado Gontijo, nem respondeu. No mesmo dia foi falar com o vigário na Matriz sobre o caso, que concordou. O pároco então fez a maior surpresa.
No domingo seguinte, diante da Matriz lotada, anunciou a todos os proclames do jovem casal. Pegos de surpresa, ambos correram da igreja. Depois que se passaram os dias, junto com alguma insistência dos familiares, os noivos concordaram com o matrimônio.
Adolpho e Castorina se casaram no dia 15 de dezembro de 1907, na Matriz do Espírito Santo do Itapecerica, então Distrito de Henrique Galvão, hoje a cidade de Divinópolis.
Viveram a vida juntos, na antiga casa da esquina da Rua Independencia, hoje Rua Oswaldo Machado, com Serra do Cristal, e deram linhagem a uma grande família.
Outro caso, já mais velho, casado, se passa na recem emancipada Divinópolis. Ocupando o cargo de vereador e vice-presidente sa Câmara Municipal, Adolpho teve que assumir provisóriamente o posto máximo devido a uma doença passageira que acometera o entao ocupante do cargo, sr. Antonio Olimpio de Morais.
Nesse tempo, se viu a necessidade de realizar a limpeza da caixa d’agua da cidade (nao se sabe se era a antiga, localizada na Rua Cristal ou a posterior, no alto da Rua São Paulo, esquina com Rio Grande do Sul). Vendo todos os impecílios e burocracia de se organizar a tal limpeza, Adolpho certa tarde deixou a Câmara, passou em casa, trocou a roupa, e com a ajuda de um companheiro realizou com os proprios punhos a limpeza da bendita caixa d’agua. Quando os demais vereadores terminaram a ata, já voltava o sr. Adolpho e o parceiro, com a caixa d’agua limpa.