O objeto que parecia ser uma “bola de fogo” que cortou o céu e assustou moradores de Divinópolis e outras cidades de Minas se trata de um pedaço de um satélite tailandês que estava desativado.
De acordo com o astrônomo Jonathan McDowell, o lixo espacial Falcon 9-011 saiu da órbita da Terra em 2014 e reapareceu na atmosfera 11 anos depois.
O fragmento pertencia a um satélite de telecomunicações operado pela empresa Thaicom, uma subsidiária da Shin Corporation, com sede em Bangkok, capital da Tailândia. O custo total do satélite é de US$ 160 milhões.
O geofísico Sérgio Sacani, do canal Space Today, “Isso que vocês estão vendo nada mais nada menos é um segundo estágio de um Falcon 9. Demorou 11 anos para reentrar porque tava muito longe da órbita, então está aí“, disse.
Fenômeno observado em Divinópolis tende a ser mais comum
Segundo o astrônomo Ricardo Ogando, do Observatório Nacional, a ‘bola de fogo’ se trata de uma possível reentrada de lixo espacial, como estágios de um foguete. Esses objetos não costumam oferecer perigo.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), lixo espacial são objetos criados pelos humanos, que estão na órbita da Terra. Porém, eles desempenham nenhuma função útil, como pequenas peças de foguetes, dejetos e etc.
O fenômeno tende a se tornar mais frequente devido ao aumento de satélites desativados e detritos orbitais abandonados no espaço. “Com o crescimento da quantidade de satélites, o lixo espacial também aumenta. Veremos cada vez mais desses eventos”, explicou a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).
