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Cuca quer repetir o inicio do campeonato de 2012 em 2021.

São 20 vitórias, quatro empates e apenas três derrotas. 50 gols marcados, só 14 sofridos. Campeão mineiro, líder geral da fase de grupos da Libertadores, vivo no mata-mata da Copa do Brasil e entre os três melhores do Brasileirão. Não há o que questionar neste início de temporada do Atlético, (em números) o segundo melhor do time em todo o século XXI.

O aproveitamento do Galo nos primeiros 27 jogos da atual temporada é de 79%. Considerando os índices desde 2001, a arrancada só não supera a campanha inicial de 2012, quando o Atlético conseguiu 80,2% dos pontos possíveis na mesma quantidade de partidas. Naquele ano, o Galo venceu os mesmos 20 jogos de agora, mas perdeu um a menos (duas derrotas e cinco empates).

A semelhança entre os dois melhores inícios de ano do Atlético no século está no banco de reservas. Cuca também era o técnico daquela equipe com Victor, Réver (único remanescente), Ronaldinho Gaúcho e companhia, que conseguiu uma arrancada fantástica na primeira metade do Brasileirão – e conquistou, no ano seguinte, o título inédito da Libertadores.

A campanha de 43 pontos em 19 partidas (73,7% de aproveitamento) era recorde do primeiro turno do Brasileiro até o Corinthians fazer 47, em 2017.

O problema é que, como aquele 2012 terminou, o torcedor ainda se lembra. O Galo perdeu forças na reta final do Brasileirão e acabou ficando só com o vice-campeonato (o campeão foi o Fluminense). Por isso o técnico Cuca, nove anos mais experiente, faz os cálculos desde agora para tentar evitar uma nova decepção em dezembro.

“Se ao final do campeonato você ganhar quatro pontos de cada equipe, você tem grandes chances de ser campeão. Com 66% de aproveitamento, que te dá 74, 75 pontos dos 114 que são disputados. Parece muito número? Mas estamos acostumados a pensar dessa forma” – destacou.

Na opinião do técnico, campeão brasileiro com o Palmeiras em 2016, o segredo para o sucesso em uma competição de tiro longo é a rápida recuperação após resultados adversos.

“Você vai perder três pontos, como perdemos para o Fortaleza. Mas vai ganhar seis de um grande, como um Internacional, um São Paulo. Amanhã tem um novo tropeço e tem que se recuperar. São cinco vitórias seguidas para recuperar o primeiro jogo que perdemos. E vamos subindo. Vai pensar que a Chapecoense, segunda (20h, de Brasília), é fácil? Empatou com o São Paulo no Morumbi. Então, vai ser jogo tão difícil quanto esse (Inter”).

O pior início do Atlético no século foi em 2005, ano da queda para a Série B. O Galo começou a temporada com 11 vitórias, 6 empates e 10 derrotas (48,1%). Caiu na semifinal do Mineiro e, em sete jogos no Brasileirão, só venceu um.

Se em termos de aproveitamento a arrancada de 2012 foi ligeiramente melhor que a atual (80,2% x 79%), longe da análise fria dos números, é possível cravar que o início de 2021 é superior. Isso porque uma das duas derrotas do Atlético naquele ano, para o Goiás, acabou provocando a eliminação precoce da Copa do Brasil.

Neste ano, o Galo chega à mesma etapa da temporada vivo em todas as competições que disputa – inclusive a Libertadores, que não estava no calendário de 2012.

A equipe atual, que tem no artilheiro Hulk (11 gols) a maior referência, vem de uma sequência de cinco vitórias seguidas: duas contra o Remo, na Copa do Brasil, e diante de Sport, São Paulo e Internacional, pelo Brasileirão. A defesa parece sólida, e nas últimas 18 partidas disputadas, o Galo só perdeu uma vez.

“A gente espera manter isso aí. O campeonato é longo, a temporada é muito longa e a gente procura melhorar a cada jogo, crescer a cada partida” – destacou Hulk.

“Respeitando sempre os adversários, nós temos grandes chances de disputar e conquistar qualquer título que venha pela frente” (Hulk)

Veja a tabela:

Inícios do Atlético no século (27 jogos)

Ano Aproveitamento
2021 79,0%
2020 66,6%
2019 66,6%
2018 54,3%
2017 69,1%
2016 59,2%
2015 58,0%
2014 56,7%
2013 74,0%
2012 80,2%
2011 62,9%
2010 67,9%
2009 72,8%
2008 55,5%
2007 60,4%
2006 61,7%
2005 48,1%
2004 59,2%
2003 72,8%
2002 49,3%
2001 59,2%