Ministério da Saúde cancelou em agosto compra de medicamentos de intubação, o “kit intubação” já esta faltando no país
Postado em 20/03/2021 14:34
kit intubação
A piora nos indicadores da COVID-19 no Brasil reflete na crise de falta de leitos e que, consequentemente, causa uma crise com a falta de medicamentos para intubar pacientes, incluindo anestésicos e bloqueadores musculares. Mas um ofício do Conselho Nacional de Saúde (CNS) indica que, em agosto do ano passado, o Ministério da Saúde cancelou uma compra do chamado “kit intubação”.
A recomendação de número 54 do CNS, publicada no dia 20 de agosto do ano passado, diz que: “Considerando que em 12 de agosto de 2020 a Operação Uruguai II, executada pelo Ministério da Saúde para aquisição de medicamentos do kit intubação foi cancelada, sem que seus motivos fossem esclarecidos.”
A operação citada pelo conselho seria executada pelo Ministério da Saúde para importar medicamentos do Uruguai. A Operação Uruguai I, por exemplo, garantiu a aquisição de 54.867 unidades de medicamentos usados no auxílio da intubação de pacientes em UTI, de acordo com dados da pasta federal. No entanto, a segunda viagem que buscaria mais insumos acabou sendo cancelada sem motivos.
O cenário atual já havia sido desenhado pelo CNS no ofício de agosto do ano passado. O órgão já desenhava uma situação de desabastecimento dos medicamentos, o que colocaria em risco o atendimento aos pacientes com quadro grave da COVID-19.
“Considerando que o desabastecimento desses medicamentos coloca em risco toda a estrutura planejada para o atendimento de saúde durante a pandemia do novo coronavírus, pois mesmo com leitos disponíveis, sem esses medicamentos não é possível realizar o procedimento, podendo levar todo o sistema de saúde ao colapso.”
Nesta semana, o Ministério da Saúde requisitou os estoques da indústria de medicamentos que compõem o “kit intubação”, incluindo anestésicos e bloqueadores musculares, para abastecer a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) por 15 dias. Na Grande BH, por exemplo, o problema já é sentido nos hospitais, conforme descreveu a reportagem do Estado de Minas nesta sexta-feira.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou uma investigação para averiguar o cancelamento da compra de medicamentos sem justificativa por parte do Ministério da Saúde.
“É muito grave a informação da “CNN”, mostrando que o governo cancelou a compra de medicamentos para intubação em plena pandemia, em agosto do ano passado. Apenas uma investigação séria para entender e atribuir responsabilidades”, publicou o parlamentar em uma rede social.
Até o fechamento desta matéria, o Ministério da Saúde ainda não havia se posicionado a respeito do ofício do CNS.
Fonte: Estado de Minas
COMPARTILHE
Comente! *Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, concorda com a utilização de TODOS os cookies.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.