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Estudo aponta contaminação da água de Uberaba por substâncias cancerígenas

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Segundo informou a Codau, as substâncias apontadas pelo estudo não estão e não estiveram acima do padrão estabelecido pela portaria do Ministério da Saúde

Substâncias que oferecem risco à saúde foram detectadas na água consumida pelo uberabense. A informação é do estudo “Mapa da Água”, elaborado pelo site Repórter Brasil, cuja análise leva em consideração o período entre 2018 e 2020. Segundo ele, a água de Uberaba tem duas substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer, acima do limite de segurança e três outras que também são nocivas à saúde.

As substâncias radioativas aparecem acima do limite em 22 municípios brasileiros, a maioria em Minas Gerais. Elas podem estar na água devido a resíduos da indústria, mas também de forma natural, devido à presença do urânio e outros minérios. Essas substâncias encontradas fazem parte do tratamento da água.

Nas detecções foram encontrados clordano, tipo de agrotóxico que pode causar distúrbios endócrinos, selênio, classificado como provavelmente cancerígeno, e subprodutos de desinfecção, que também podem causar câncer e problemas nos rins.

As substâncias encontradas são geradas pelo próprio tratamento da água. Por exemplo, quando o cloro interage com elementos como algas, esgoto ou agrotóxicos, nascem os chamados “subprodutos da desinfecção”. Eles estão acima do limite em 493 cidades do Brasil, 21% das que foram testadas pelo estudo. É o caso dos ácidos haloacéticos total, trihalometanos total e bário, encontrados acima do limite de segurança em Uberaba, nos anos de 2018 a 2020.

Veja aqui todo o diagnóstico de Uberaba do Mapa da Água

Segundo José Cláudio Campos, geólogo que trabalha com gestão de recursos hídricos, esses produtos não são utilizados no tratamento da água. “São compostos utilizados pelo homens em diversas atividades e infelizmente tais produtos chegam ao rio Uberaba e no nosso ponto de captação”, completa o profissional.

O geólogo ainda alerta que a Área de Proteção Ambiental Municipal (APA) do Rio Uberaba está sofrendo ocupação humana e a consequência desse processo de urbanização é gerar mais resíduos tóxicos para a água da cidade.

“A bacia é uma zona produtora de água, que faz parte do abastecimento público. Deve-se preservar a bacia do Rio Uberaba, realizar campanhas com agricultores para que haja ocupação e manejo do solo de forma adequada”, complementa.

Questionada pela reportagem do Jornal da Manhã, a Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) informou que suas análises de água não indicam nenhuma contaminação por agrotóxicos ou outros resíduos da indústria.

“Todos os laudos das análises são avaliados criteriosamente pelo setor de qualidade da água da Codau e não foram identificados índices de agrotóxicos, selênio, clordano, ácidos haloacéticos e trihalometano total fora dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, explicou o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho. Ele reitera que a análise enviada ao Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), do Ministério da Saúde, em janeiro de 2022, não detectou substâncias orgânicas, inorgânicas, agrotóxicos ou metais pesados, permanecendo a água dentro dos limites de segurança para consumo.

A autarquia completa dizendo que os mesmos laudos serão entregues nesta semana para a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos rios Paranaíba e Baixo Rio Grande, nas mãos do promotor Carlos Alberto Valera.

A pesquisa ainda destaca que há 50 cidades com pesticidas acima do limite. Esses casos deveriam acender o alerta máximo devido a sua periculosidade: 21 dos pesticidas monitorados na água do Brasil são tão perigosos à saúde que foram proibidos na União Europeia. Cinco são “substâncias eternas”, tão resistentes que nunca se degradam.

Agrotóxicos já foram encontrados em poços profundos, lençóis freáticos e até mesmo na água da chuva. Neste ponto, especialistas falam em coro: não há como se blindar do problema da água no Brasil, ele já afeta ou vai afetar a todos, a única solução passa por políticas públicas.

A Codau ainda afirma que, em 2021, por exemplo, foram realizadas, na saída do tratamento e sistema de distribuição, mais de 10 mil análises de parâmetros como turbidez, cor aparente, pH, cloro residual, Coliformes Totais e Escherichia Coli.

Os dados que compõem o mapa são resultados de testes feitos pelas empresas e instituições responsáveis pelo abastecimento. Eles integram a base de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, o Sisagua, do Ministério da Saúde. Os dados foram interpretados de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde.

As informações são do portal JM Online, associada AMIRT.

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Postado originalmente por: Portal AMIRT