O corpo humano é um organismo perfeito criado por Deus. Anomalias genéticas podem prejudicar alguns aspectos deste organismo. É um corpo forte, mas ao mesmo tempo muito frágil. Creio que os animais também tenham essa característica de força e fragilidade em seus aspetos também.
Há alguns dias estava incomodado com uma dor que me perturbava. Meu dente estava com uma cárie entre os dentes proveniente de uma infiltração entre uma restauração já antiga. Precisei iniciar um tratamento de canal. A dentista removeu a cárie, e também a raiz do dente, colocou nele um remédio (não sei o que foi aplicado, mas foi colocado um medicamento) e um curativo que geralmente não dura até o dia de terminar a restauração. Problema resolvido, dor solucionada.
Desde sábado pela manhã estou incomodado com um cisco no meu olho que eu não encontro. Já observei no espelho e não vi, já passei um cotonete e não encontrei nada. Mas está lá, me incomodando. Fazendo com que eu leve minhas mãos ao rosto o tempo todo num momento em que é recomendado não fazê-lo. Ontem também o Théo ficou abatido e passando mal o dia todo devido às “estripulias” e “ao abuso de alimento” que ele ingeriu. Isso demonstra a fragilidade humana e até dos animaizinhos.
As Sagradas Escrituras condenam o julgamento precipitado, ou querermos nos fazer de juízes de nosso irmão quanto a questões espirituais. Isso não justifica não sermos submissos às autoridades, muito menos desprezar a palavra de um juiz no seu julgamento de fatos e documentos. Não justifica também permitirmos que no meio da igreja falsas doutrinas sejam implantadas. Precisamos analisar todas as coisas debaixo da veracidade bíblica e assim aceitar ou não o ensino aplicado. No entanto isso é um assunto para ser tratado posteriormente.
O texto acima citado mostra uma cena curiosa, alguém que vê um cisco despercebido no olho de uma pessoa, mas tem na sua frente uma trava percebida por qualquer outra. O texto demonstra o nosso julgamento de atitudes e falhas dos irmãos que estão ao nosso redor sem uma análise de nossa vida. A evidência do texto aqui não está em não julgar. Mas julgar-se primeiro para depois analisar o irmão e assim contribuir para o crescimento dele, para o distanciamento do pecado ou qualquer ato contrário a vontade de Deus.
Ao ver um irmão em pecado, ao perceber uma falha de caráter, ao notar algo dissonante na sua fala e no seu agir, devemos sim tomar uma posição e ajuda-lo a sair do erro. Devemos conduzi-lo em amor, com alegria, para que possamos fazer com que se arrependa, transforme sua vida e viva em santidade. No entanto essa exortação deve ser aplicada com amor. Como diz o antigo hino “olhar com simpatia os erros de um irmão, e todos ajuda-lo com branda compaixão”. É assim de que devemos agir.
Pense comigo e faça uma análise de sua vida. O que o Senhor precisa mudar nela? O que é necessário modificar, transformar, lapidar? Agora, o que tens percebido de errado na vida do seu irmão? Como você pode ajuda-lo com brandura para a edificação mútua? Como falar de uma forma não afrontiva, de uma maneira que não traga ira, mas apazigue o coração? É uma tarefa difícil, mas precisa ser feita em amor.
Um grande e forte abraço!
Nos eternos e fraternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca
Andrade
Um servo que sente incomodado
com o próprio cisco, e depois tenta ajudar o
irmão.