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Finanças: As 7 melhores ações para o 2º semestre de 2024

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Depois de um primeiro semestre vacilante, sobretudo devido às questões fiscais, o início do ciclo de queda de juros nos Estados Unidos no segundo semestre deve melhorar o sentimento em relação à bolsa brasileira.

O ambiente externo mais calmo abre uma nova janela de oportunidades para os emergentes, melhorando a precificação dos ativos de risco. 

Este evento está próximo de acontecer, uma vez que os dados de inflação americana estão melhorando, o que dá segurança ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para iniciar os cortes de juros, atualmente em 5,5%.

Com isso, teremos um alívio nas pontas longas dos juros, o que nos permitirá aproveitar as oportunidades da bolsa brasileira, que negocia a múltiplos históricos extremamente baixos (8x lucros).

Mais do que isso, compraremos ao som de caminhões. Poucas pessoas devem ‘surfar’ essa possível valorização dos ativos, uma vez que os investidores continuam bastante pessimistas. 

Selecionamos as 7 melhores ações para investir no segundo semestre deste ano. Aqueles que tiverem estômago para atravessar essa fase serão recompensados.

Para não ficar de fora é imprescindível que você saiba como e onde se posicionar. A janela para a entrada é pequena, portanto, aproveite.

As 7 melhores ações para o segundo semestre de 2024

1. Inter (INBR32)

O Inter começou bem o segundo ano do plano 60/30/30. A companhia voltou a acelerar os investimentos em marketing, aumentando, consequentemente, a base de clientes, ao mesmo tempo em que tem conseguido aumentar a taxa de ativação.

Com o bom desempenho na intermediação financeira, o aumento da monetização com serviços e a diluição das despesas, o índice de eficiência caiu para abaixo de 50% pela primeira vez, enquanto o ROE está muito próximo de alcançar os dois dígitos (mesmo com a empresa ainda apresentando excesso de capital).

Nos últimos três anos, os cinco maiores bancos brasileiros apresentaram um crescimento de +10% na quantidade de clientes, +18% na carteira de crédito e +41% na receita. No mesmo período, o Inter cresceu +207% o número de clientes, +211% a carteira de crédito e +321% a receita, deixando claro que a empresa é uma das vencedoras na disputa entre fintechs e incumbentes.

Para 2024, as prioridades estratégicas são (i) manter o crescimento da base de clientes, da carteira de crédito (~30%) e da monetização, (ii) aumentar o engajamento e o nível de principalidade, e (iii) aumentar a alavancagem operacional e melhorar a NIM.

A companhia está animada com o potencial de crescimento de novas linhas de crédito sem garantias, como o Pix Parcelado e o Buy Now Pay Later. Os produtos são novas formas de monetizar a base, têm taxas de retorno maiores e apresentam uma inadimplência menor do que a dos cartões de crédito até o momento. 

Vemos que o mercado potencial para esses produtos dentro da empresa é grande, uma vez que o Inter é responsável por 8% das transações Pix no Brasil. 

Além disso, a companhia tem se concentrado em aumentar a sua carteira de cartões de crédito, uma vez que o produto é relevante para o volume de transações e o nível de principalidade do banco.

O Loop tem ajudado a aumentar o uso dos cartões de crédito, sobretudo entre os clientes de mais alta renda.

Vale ressaltar que o percentual de crédito não colateralizado está em cerca de 30% e a companhia não vislumbra uma mudança estrutural neste mix.

No 1T24, o Inter obteve um lucro recorde de R$ 195 milhões, o que representa uma alta de +706%, uma receita de R$ 2,2 bilhões, um aumento de +27%, e um ROE (rentabilidade) de 9,7%. Esperamos um ROE cada vez maior ao longo dos próximos trimestres.

Com ótima visibilidade de crescimento, o banco mineiro é a principal recomendação do Nord 10X, série focada em empresas de alto crescimento que devem aproveitar o ciclo favorável de juros mais baixos. 

2. PRIO (PRIO3)

A PRIO é prata da casa há muito tempo e não deixa a desejar.

O mercado ficou desanimado com os resultados do 1T24, que foram inferiores ao que a PRIO gostaria, devido às falhas que ocorreram nos meses de fevereiro e março nos campos de Frade e de Albacora Leste. 

A companhia teve um melhor desempenho comercial e entregou uma queda do lifting cost (na comparação anual), o que resultou em um crescimento de +23% no Ebitda. O lucro foi impactado pelo aumento da depreciação e dos impostos e caiu -3%.

Sem a entrada de novos poços no 1T24, a companhia enfrentou alguns obstáculos que impactaram a produção. Além disso, o problema em Frade já foi resolvido e, em Albacora Leste, um dos três compressores do campo ainda está sob manutenção.

Devido à greve do Ibama, as licenças ambientais de Wahoo ainda não foram emitidas e isso está impedindo o início das atividades no campo. A PRIO já recebeu 80% dos equipamentos e está pronta para execução do projeto assim que possível. 

A boa notícia é que a companhia conseguiu um outro barco para realizar os lançamentos das linhas de conexão com Frade ainda no segundo semestre deste ano (o barco anteriormente contratado só poderia ficar aqui até setembro).

O objetivo da PRIO é retomar a produção para o patamar de 95 mil barris/dia e manter a produção estável até a entrada do primeiro óleo de Wahoo.

Para compensar o declínio natural da produção, a companhia pretende colocar mais 2 poços para produzir em Polvo-TBMT e religar 2 poços em Albacora Leste (todos com produção esperada pequena, cerca de mil barris/dia cada).

A empresa ressaltou que possui mais de US$ 1 bilhão em caixa, que sua alavancagem está em apenas 0,6x Ebitda e que está se preparando para uma nova aquisição.

Estão sendo avaliadas oportunidades tanto no Brasil quanto no Golfo do México. A empresa busca por negócios que estariam na faixa de US$ 750 milhões a US$ 1 bilhão.

A companhia comentou sobre o campo de Peregrino, já que a Sinochem, que possui 40% do ativo, declarou recentemente que pretende sair do negócio de produção de petróleo, mas como a PRIO não seria a operadora do campo, a análise do potencial retorno do negócio dependerá muito do preço de aquisição.

Negociando a apenas 5x Ebitda, 40 mil barris/dia para serem adicionados à produção com Wahoo em breve e novas aquisições no radar, PRIO3 continua sendo uma das nossas ações preferidas na bolsa brasileira, e vemos muitas oportunidades pela frente.

O ativo é a principal recomendação da carteira ANTI-Trader do Bruce Barbosa.

3. BTG Pactual (BPAC11) 

Um banco de investimentos completo que entrega excelência e rentabilidade a cada trimestre. No 1T24, o BTG Pactual apresentou resultados acima do consenso de mercado, com uma receita total de R$ 5,8 bilhões, um crescimento anual de +23% e um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões, um aumento de +30% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Net New Money (novo dinheiro captado) foi de R$ 63,8 bilhões no período e ROE (rentabilidade) atingiu 22,8%.

Apesar da sazonalidade natural do primeiro trimestre do ano, somado ao ambiente macroeconômico bastante desafiador, o BTG teve um crescimento de receitas recorde nas áreas de gestão de fundos (Asset), fortunas (Wealth) e crédito (Corporate Lending). 

Os investidores demonstraram preocupação com o banco diante de um mercado de capitais mais fraco e de um evento de cauda, como o escândalo da Americanas (AMER3). Mas uma das grandes vantagens do BTG é a pulverização de resultados, que permite performar melhor em linhas como gestão de fortunas (Wealth) mesmo com o mercado mais fraco, compensando a queda nas outras linhas de negócio.

Negociando a 10x lucros e com uma rentabilidade bastante alta, vemos o BTG Pactual elevar suas vantagens competitivas frente aos competidores, mantendo um ótimo crescimento no longo prazo. 

Dessa forma, reiteramos nossa recomendação de compra para as ações do BTG Pactual.

O ativo faz parte do portfólio do Nord Ações, série que eu comando desde abril de 2021 e que acumula uma rentabilidade de +13%, contra +9,5% do IBOV no mesmo período.

4. Mills (MILS3)

A Mills foca no aluguel de plataformas elevatórias e formas e escoramentos (painéis, formas, estruturas, torres e escoras) para grandes obras de engenharia e infraestrutura.

Além dos dois segmentos, a companhia concentra sua estratégia no segmento de máquinas e equipamentos da linha amarela (tratores, escavadeiras, pás carregadeiras, retroescavadeiras, caminhões, entre outros).

Nossa tese de investimento é baseada na oportunidade de consolidação deste mercado. 

No Brasil, o setor de aluguel de máquinas e equipamentos ainda é bastante pulverizado e pouco penetrado.

Como tamanho é documento para as empresas de aluguel, vemos uma ótima oportunidade para a Mills se consolidar.

É importante mencionar que a Mills é líder no segmento de locação de plataformas elevatórias, com 30% de market share, e de formas e escoramentos, com 50%.

Com uma alavancagem baixa (0,8x Ebitda), a companhia está avaliando novas aquisições para se consolidar no segmento de linha amarela.

Os planos da Mills para dobrar de tamanho nos próximos anos são fazer com que a linha amarela atinja o mesmo tamanho das plataformas elevatórias.

Negociando a 5x Ebitda e 12x lucro histórico, o ativo faz parte do portfólio do Nord Deep Value, série que busca encontrar as melhores ações completamente fora do consenso.‍

5. Priner (PRNR3)

Até 2013, a Priner pertencia à Mills, a empresa mencionada anteriormente, e oferecia apenas serviços relacionados ao acesso, como a montagem de andaimes.

Atualmente, a Priner possui um portfólio de atividades extremamente diversificado para atender o segmento de engenharia industrial, como o próprio acesso, pintura industrial, isolamento, infraestrutura, inspeção e outros serviços.

A diversificação operacional da empresa se deu junto à grande expansão apresentada por ela nos últimos anos, que foi impulsionada pelo seu IPO no início de 2020.

Com uma captação de mais de R$ 170 milhões, a Priner investiu grande parte dos recursos em crescimento inorgânico, com seis aquisições desde então, o que permitiu que ela ampliasse ainda mais o leque de serviços prestados e acessasse novos mercados.

Com as aquisições e também os investimentos em mão de obra qualificada, a companhia vem conseguindo renovar recordes a cada resultado trimestral divulgado. 

A empresa já multiplicou o seu Ebitda em mais de 23x desde 2017, passando de R$ 5 milhões para mais de R$ 115 milhões atualmente.

O resultado do 1T24 foi bem ruim para a Priner, com resultados que fugiram bastante do bom desempenho histórico. Com seus números operacionais e financeiros pressionados, a companhia registrou queda na rentabilidade, com um ROIC (retorno sobre o capital investido) de 10,9% (-5,7 p.p.) no período.

Para o 2T24, a empresa disse que não espera uma recuperação acelerada de suas atividades e, consequentemente, resultados, tendo em vista que os novos contratos serão iniciados apenas no final do 2T24.

Assim, a retomada de crescimento deverá ser observada, de forma mais expressiva (como de costume), a partir do segundo semestre de 2024.

A Priner está em constante avaliação de novas aquisições para gerar ainda mais crescimento e diversificação para suas operações. Em breve, teremos novidades. 

Mesmo com um primeiro semestre (1S24) negativo, seguimos confiantes com o grande potencial para o 2S24 e, principalmente, para o longo prazo da empresa.

Negociando a 5x Ebitda, Priner está na carteira do Nord Small Caps, como uma das ações com maior potencial de valorização na Bolsa.

6. Vale (VALE3)

Em maio, a Vale entrou para a carteira de dividendos da Nord Research. A recomendação da companhia se baseia em dois principais pilares: (i) a Vale possui uma geração de caixa impressionante; e (ii) continua comprometida com a disciplina de capital, com a maior parte de sua geração de caixa retornando aos acionistas.

A atual Política de Remuneração aos Acionistas da Vale estabelece uma distribuição mínima de 30% do Ebitda ajustado menos o investimento corrente. Os pagamentos anuais são divididos em duas parcelas, sendo a primeira em setembro do ano corrente e a segunda em março do ano subsequente.

Além disso, a Vale tem a possibilidade de distribuir lucros extraordinários (como já fez diversas vezes).

Considerando os pagamentos dos últimos 12 meses, o dividend yield atual da Vale está em cerca de 11% e, para os próximos anos, o mercado projeta rendimentos semelhantes — ou seja, bem acima do que consideramos como um mínimo aceitável (em torno de 6%).

Lembrando, os valores são referentes a um período incerto e podem melhorar ainda mais no futuro.

Negociando apenas 7x lucros e menos de 4x Ebitda, mantemos recomendação de compra para Vale no Nord Dividendos.

7. TSMC (TSMC34)

A TSMC é uma das principais empresas de semicondutores do mundo, localizada em Taiwan. É líder mundial no mercado de semicondutores para telas de LED e, desde a pandemia de covid, subiu para o top 10 das empresas mais valiosas do mundo.

A companhia tem se beneficiado ao longo dos últimos anos com a transição entre o modelo integrado de design e a fabricação para o modelo “fabless” (sem fábrica). 

Empresas como a NVIDIA, a gigante dos chips mais usados por sistemas de inteligência artificial (IA), não possuem capacidade de fabricação. Eles só fazem o design e delegam essa tarefa a empresas como a TSMC.

De acordo com projeções da McKinsey, entre 2021 e 2030, a indústria de semicondutores terá um crescimento médio de +7% ao ano — isso antes da ascensão dos modelos de linguagem. 

Além dos Data Centers estarem contribuindo para o crescimento da demanda por semicondutores, temos outras alavancas impulsionando o aumento da demanda nessa indústria.

Diante desses componentes impulsionando a indústria, consideramos a TSMC uma excelente oportunidade de investimento. Líder do mercado de fabricação de chips, com mais de 50% de market share, é a empresa com a maior e melhor capacidade tecnológica dentre todas as do ramo.

Dessa forma, a expectativa é que, ao longo dos próximos sete anos, a TSMC entregue um crescimento médio anual (CAGR) de +14% ao ano. 

Com uma ótima perspectiva de crescimento de resultados para os próximos anos, estamos pagando 18x o lucro de 2024 para uma empresa que deve crescer a valores próximos de +20% nos próximos anos. 

Em 2025, com o crescimento do lucro, a empresa estará negociando a 17x lucro e a apenas 9x Ebitda. Acreditamos que, devido ao crescimento que a companhia pode entregar, e à sua posição de liderança no setor, estamos pagando barato por esse ativo.

A TSMC está diretamente ligada a uma indústria que, mesmo sendo bem antiga (anos 50), vem ganhando proeminência com os avanços tecnológicos ao redor do mundo.

O papel é uma das principais posições na carteira Nord Global.

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Postado originalmente por: Nord Research

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