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Blog do Leo Lasmar – Neste momento, empatar é de boa.

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O Cruzeiro empatou por 1 a 1 com a Chapecoense e perdeu os 100% de aproveitamento como mandante na Série B. Um pecado. Não pela tabela, em si, mas pelo que foi produzido em campo. O time de Paulo Pezzolano jogou melhor do que em muitas partidas que venceu no ano.

O cenário do jogo era claro, antes mesmo do apito inicial. A Chapecoense priorizaria a defesa, e o Cruzeiro, como de costume, tomaria as ações. O gol catarinense, logo aos cinco minutos, não mudou esse cenário, mas fez com que os visitantes ficassem cômodos dentro da estratégia proposta.

O Cruzeiro foi melhorando com o passar dos minutos. Conseguiu encaixar bem a marcação pressão, passou a roubar bolas no campo adversário, mas esbarrou na falta de qualidade no acabamento das jogadas. Faltou aproximação e capricho. O primeiro tempo foi da Raposa, que não criou chances claras, mas foi ao vestiário merecendo o empate em função da postura.

Postura que foi mantida na etapa final, mas com o acréscimo fundamental do aprimoramento no acabamento das jogadas. Se o primeiro tempo foi de um time “torto” pela esquerda, fosse com Bidu ou Bruno Rodrigues, passou a ter possibilidades pelos dois lados de campo, no segundo. A entrada de Wesley Gasolina foi fundamental.

O garoto deu seu cartão de visitas: é forte no jogo ofensivo. Busca tabelas, gosta de ir ao fundo e tem qualidade para cruzar, não joga a bola na área simplesmente por jogar. Ele foi essencial na pressão inicial, que culminou com o gol de empate e poderia ter marcado também a virada. Saulo falhou no gol, mas fez pelo menos três boas defesas.

O Cruzeiro deixou de oferecer tanto perigo depois dos 20 minutos. Primeiro, porque é praticamente impossível manter o ritmo imposto na volta do vestiário; segundo, porque Marcelo Cabo é inteligente e mudou a Chapecoense para conter o ímpeto de Wesley, na direita, e de Bruno, na esquerda. Pezzolano respondeu, colocou mais presença na área, mas a pressão não foi tão grande. A única chance clara, depois disso, foi o gol anulado de Bruno Rodrigues.

O time celeste encerrou a partida com 65% de posse dominante. Jogou no campo adversário e deu 19 finalizações. Faltou eficiência. O Cruzeiro volta de Brasília com a manutenção dos 19 pontos sobre o quinto colocado, e com mais um bom indício de que melhorou seu elenco. Wesley Gasolina é candidatíssimo a ser titular e a melhorar o desempenho coletivo.

Bruno Rodrigues já é uma realidade. Peça fundamental para que a engrenagem ofensiva rode de maneira mais eficiente. Muitas vezes, sente falta de companhia – que pode ter com Bidu, agora que devem voltar a atuar juntos pela esquerda. O ponto de atenção é Chay, que ainda busca seu melhor lugar no esquema de Pezzolano. Os meias ofensivos do Cruzeiro ainda não conseguiram uma boa sequência de jogos em 2022.

Depois de um período de oscilação no desempenho, o Cruzeiro conseguiu retomar o caminho que trilhou em boa parte da Série B. Mais uma vez, engata sequência de boas atuações e terá, contra o Grêmio, mas um ótimo teste para o elenco de Paulo Pezzolano.

FUTEBOL MINAS FM