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Blog do Leo Lasmar – “Halloween” chegou. O fantasma da série C assusta.

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O Cruzeiro sofreu mais um duro golpe na Série B na noite dessa quarta-feira, no Independência. A derrota para o Remo, por 3 a 1, deixa para trás qualquer esperança de acesso ainda criada pelo torcedor. Ainda pior, expõe de forma dura a fragilidade técnica, emocional e de resultados da Raposa na temporada.

O time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo até começou bem a partida, conseguiu maior posse de bola (60%) e teve mais finalizações (11 a 5). No entanto, foi o Remo que saiu na frente, com belo chute de Anderson Uchoa. A Raposa teve poder de reação e empatou logo na sequência com Eduardo Brock.

Porém, no segundo tempo, o time não manteve a intensidade quando o treinador fez alterações, que não tiveram resultado dentro de campo: Marcelo Moreno, Rafael Sobis, Dudu e Wellington Nem. Esse último foi o que teve os melhores momentos (que foram poucos), chegou a marcar, mas teve o gol anulado por posição de impedimento. Quem não faz, leva. O Remo foi preciso no contra-ataque e marcou dois gols depois dos 40 minutos. Os 2.792 torcedores que pagaram ingresso para assistir ao Cruzeiro nessa quinta-feira mereciam ter visto um futebol melhor.

Fora de campo, nesta semana, a diretoria celeste conseguiu pagar dois meses de salários atrasados dos jogadores profissionais, e também arcou com os compromissos com os demais atletas e funcionários do administrativo. O presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, assistiu à partida em um dos camarotes do Independência, mas assim que o clube sofreu o segundo gol, já no final do segundo tempo, ele deixou o local.

Com o resultado, o Remo empurrou o Cruzeiro para a 13ª posição, com 39 pontos. O clube mineiro está a sete pontos do Z-4, e a 14 do G-4. Mas, ao fim da rodada, essa distância para a zona de perigo pode ficar ainda menor, já que os adversários que estão nas últimas quatro posições ainda entrarão em campo.

Realidade, mais uma vez, bate à porta do torcedor para o cenário de terror que será o fim da Série B. Faltando seis rodadas para o fim, clube ainda tem 18 pontos em disputa e precisa, minimamente, entregar para o torcedor resultados melhores.

Além disso, a diretoria tem que começar a planejar o ano de 2022 do time celeste. O Cruzeiro precisa encarar que, mais uma vez, terá cotas menores da Segunda Divisão e enfrentará as mesmas dificuldades de uma Série B. É preciso pensar em um bom planejamento (algo que não foi feito nas últimos duas temporadas), e esquecer qualquer possibilidade de não fazer uma campanha perto do perfeito no ano que vem. É obrigação.

Por Laura Rezende – GE

FUTEBOL MINAS FM
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