Há uma diferença muito grande no ensino quando pegamos um mestre com muito conhecimento e outro com didática. Na transmissão de conteúdo geralmente a aula de alguém com ótima didática se sobressai sobre aquele que tem somente conhecimento.
Jesus em seu ministério terreno tinha ambos: conhecimento e didática. De uma forma didática ele fez com que seus discípulos captassem sempre os seus ensinos sobre o prisma de suas necessidades.
Neste texto maravilhoso Marcos destaca a “eschatos” cujo sentido abrangente é: lugar extremamente distante; o mais inferior; o último entre todos. Para ele desejar o olhar dos homens para si o torna distante da proximidade de Cristo. Por isso Jesus toma a criança e o aproxima de si, para demonstrar que a iniciativa é dele.
Para Mateus palavra “Strephö” marcou a fala de Jesus. Essa palavra que é uma forma intensificada de “tropē” que por sua vez significa girar, torcer, virar, converter. Assim ele reforça que para sermos os “maiores” é preciso girar o olhar, torcer o coração, virar a trajetória do barco e converter de uma forma incomum a história de sua vida, tornando-se outra pessoa segundo os ensinos do Mestre.
Lucas por sua vez destaca duas palavras. “Dialogismos” que sugere uma discussão, uma consideração, um debate, uma disputa, uma dúvida, um ato de imaginação, um pensamento. E “Dechomai” que denota receber, aceitar, tomar.
Ou seja para ele o nosso pensamento (mesmo que guardado só para nós) deve ser aceitar a mensagem da cruz e estar disposto proceder conforme o desejo do Senhor.
Jesus na forma de conhecimento ele transmitiu a verdade mesmo quando não perceptível há eles. A verdade na sua totalidade (pelo menos na minha percepção) seria: “é preciso aceitar a vontade de Cristo, estando disposto a converter o nosso pensamento ao ponto de viver junto a Ele de uma forma que nossa vontade seja a de ser tão somente alguém que o agrade sem se preocupar com qualquer destaque diante dos homens”.
Pense nisso. Não prenda suas forças na difícil tarefa de ser reconhecido pelos homens.
Um grande abraço! Nos eternos e fraternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que não deseja evidência diante dos homens
