Situações espontâneas são muito comuns na vida de cada um de nós. Elas acontecem num encontro social, na interação com o ambiente, no cotidiano de nossa vida, e às vezes na observação do ambiente.
Sílvia havia viajado para ver seus familiares, e eu não podia, pois estava trabalhando e estudando na época. E o período estava muito atarefado, então estava aproveitando para fazer minhas tarefas durante a noite, “madrugada a fora”. Após algumas horas de pesquisa e digitação minha mente começava a apresentar características de falhas. O meu raciocínio estava ficando lento e o meu tempo de resposta muito longo.
Quando isso acontecia, sabia que era ora de dormir, ou mudar meu foco de pensamento. Uma forma de fazer isso era desviando meu olhar da tela, ou abrindo um joguinho para mudar o foco do meu raciocínio. Quando isso acontecia eu costumava jogar Quake II, Age Of Empires ou algum RPG disponível, ou desviar o meu olhar para o nada e ficar pensando no vazio por alguns minutos “a fio”.
Neste dia como estava com várias coisas acumulada vez por outra eu focava meus olhos na parede da cozinha para descansar o olhar, desligar o pensamento e voltar a estudar. Ao olhar para a parede pareceu-me haver visto um vulto passar. Eu foquei com maior intensidade o olhar e me deparei com um ratinho olhando para mim. Naquele momento eu precisava tomar uma decisão, ou eliminava a praga, ou seria eliminado por Sílvia quando ela voltasse.
Sai sorrateiramente fechei todas as portas dos quartos, do banheiro e de qualquer outro acesso à cozinha e fui à perseguição ao “mundongo”. Acredito que após uma hora de perseguição, móveis empilhados e arrastados aleatoriamente eu consegui matar a “praga”. Era ele ou eu. E agora era hora de colocar tudo no lugar.
Os filisteus deveriam enviar uma oferta junto com a Arca da Aliança, essa oferta parecia uma aberração: cinco tumores (ou hemorroidas) e cinco ratos ambos de ouro. Na verdade havia um simbolismo nisto tudo, a oferta simbolizava o pecado oculto e o pecado desprezível, mas extremamente prejudicial a cada um de nós.
Tanto os pecados que ocultamos, mas praticamos as escondidas como a pornografia, adultério, prostituição, furto, entre outros que são condenados pelo observador, quanto àqueles que nos acostumamos por se tornarem habituais e aceitáveis pela sociedade, como sonegação de impostos, mentiras nas negociações, troco não fornecido, estes são pecados que chamamos de corriqueiros, e que tem peso de condenação sobre o homem, bem como peso de destruição do caráter em longo prazo.
Portanto, devemos vigiar e eliminar de nossas vidas os pecados ocultos e os habituais para que não venhamos a desagradar o coração de Deus. Pense nisso, quais “ratos e hemorroidas” você precisa tirar de sua vida?
Um grande e forte abraço!
Nos fraternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que sabe que eliminar as pragas é uma questão de sobrevivência.
