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Finanças: É normal o que está acontecendo?

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Ontem tivemos mais uma alta forte da bolsa (3,18 por cento), com queda forte do dólar (2,91 por cento).

As pessoas já estão com aquele sentimento de que é fácil ganhar dinheiro na bolsa. O que é um perigo!

A verdade é: nunca tivemos uma recuperação tão rápida do mercado após uma crise. É verdade também que nunca tivemos uma queda tão rápida.

Eu já falei bastante sobre o que eu acho que está por trás desse movimento. Chamei a tese de "A vingança das sardinhas". Se você ainda não viu a minha tese, para tudo e assista agora.  

Temos um componente técnico que está fazendo com que o mercado fique "leve". Mercado leve é quando o mercado está pouco posicionado. Quando vemos vários agentes com posições bem inferiores à média histórica, tendo que alocar mais para acompanhar a performance dos ativos.

A bolsa incomoda muita gente

Enquanto o mercado só dava notícia ruim, e parecia que o mundo iria acabar durante a crise, alguns investidores (e a Nord também, com muito orgulho) viram boas oportunidades de comprar boas empresas a preços baratos.

Ibovespa desde janeiro. Fonte: Bloomberg

A bolsa chegou a cair 47 por cento no acumulado do ano. Quem poderia imaginar esse cenário? As maiores e mais competitivas empresas do Brasil viram o seu valor cair pela metade!

Hoje já recuperamos 58 por cento do ponto mínimo, acumulando uma queda no ano de apenas 16 por cento. O exagero da queda certamente ficou para trás, assim como muitas das barganhas da bolsa.

Quem quiser entrar agora, depois que a tempestade, aparentemente, passou, terá que pagar quase 60 por cento mais caro.

Lembrando que não temos como saber se o pior da crise já foi. A pandemia ainda paira na nossa economia, e apresenta riscos para a atividade, embora pareça estar se dissipando. Mas diversos outros riscos surgiram no radar, como o aumento de estímulos globais, a mudança de hábitos e o aumento da poupança. E, para quem compra bolsa agora, esses novos riscos entram no lugar do risco de depressão da pandemia.

Ou seja, SEMPRE vai haver riscos. Sempre!

Se você está na bolsa hoje, precisa entender que é muito possível, inclusive muito provável, que tenhamos uma correção dos preços atuais. Eles subiram muito rapidamente. Uma correção é inclusive saudável. Ela tira do jogo os investidores menos convictos, e torna o mercado "limpo" novamente.

Mas o que diferencia uma boa empresa de uma empresa arriscada?

As boas empresas costumam ter bons gestores, que prezam por segurança (baixa alavancagem e alta posição de caixa). Nesses momentos de crise, as boas empresas aproveitam para se consolidar no setor: compram o concorrente que ficou mal das pernas ou assistem ele quebrar.

Quando passa uma crise dessas, apenas as fortes sobrevivem. Algumas não apenas sobrevivem, mas saem melhores.

Por isso que a análise profunda do funcionamento das empresas é tão importante. É exatamente o que fazemos aqui na NORD. Vamos a fundo, com o trabalho de analistas brilhantes, encontrar aquelas empresas que têm esse potencial de consolidação.

Quando encontramos, temos confiança o suficiente para não ver a crise como risco, mas sim como oportunidade.

Se você não tem confiança nos seus analistas, ou não entende completamente o que está fazendo, é mais do que normal que você se apavore na crise. Por isso que estudar nunca é demais.

O dólar incomoda muito mais

Enquanto as notícias sobre um possível "fim do mundo" se alastravam, o dólar chegou a bater 6 reais, se desvalorizando 50 por cento em relação à cotação do começo do ano.

Dólar à vista. Fonte: Bloomberg

Não faltou influenciador para falar que o dólar iria para 10 reais, por conta da queda da Selic. Não faltou gerente de private e corretora mandando você investir fora do Brasil.

Mas um pouco de macroeconomia ajuda nessas horas.

O dólar, apesar de parecer um ativo que varia ao sabor do nada, também tem um fundamento por trás.

Essa moeda, no final das contas, é a cotação que equilibra o fluxo de transações entre o país e o mundo.

O risco fiscal, por exemplo, é um risco real, perigosíssimo, e tinha, SIM, o potencial de levar esse câmbio para o céu. Não pagar as suas dívidas é o motivo principal que pode acabar com uma moeda, pois envolve credibilidade.

Chegamos a ver um aumento do risco fiscal no Brasil durante a crise, sim. O que justificou a alta do câmbio até os 5 reais. Mas será que tivemos um aumento do risco que justificaria o Brasil virar a Argentina?

A queda de juros brasileira também justificava um aumento na cotação do dólar. Inclusive, a desvalorização cambial é um dos efeitos desejados da política monetária, pois ajuda na recuperação.

Mas a queda de juros brasileira justificaria que o dólar fosse a 10 reais? Principalmente estando em linha com a política de juros do resto do mundo?

Novamente digo: conhecer o fundamento te ajuda muito a ter alguma segurança em um momento de pânico como esse.

Se você está chegando agora no mercado financeiro, já deve ter percebido a importância de um acompanhamento profissional. Principalmente no começo.

Depois, quando você já está dominando um pouco mais os conceitos e já tem mais sensibilidade do mercado, pode seguir nesta jornada sozinho, para o resto de sua vida.

Para que você dê os primeiros passos e para te passar estes fundamentos, conte com a Nord.

Estaremos aqui a postos para fornecer as informações acuradas e ajudá-lo a passar pelos momentos mais desafiadores.

Vamos juntos!

Postado originalmente por: Nord Research