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O Amor, no Amor-Exigente

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É comum os familiares chegarem aos grupos mais adoecidos que o próprio familiar com comportamento inadequado. Chegam com o relato que desejam ajudar a pessoa com problemas, mas afetados pela Codependência carregam uma mistura de sentimentos e um sofrimento profundo. Sentimento de culpa, vergonha, frustração, medo, tristeza, desespero, etc. o fazem paralisar. Desejam ajudar o outro, mas estão tão fragilizados que não sabem nem por onde começar e as tentativas de ajuda sem orientação, em geral, agravam ainda mais o problema.

São nos grupos de apoio que a família começa a tratar sua Codependência, a se livrar da carga de sentimentos que travam seus passos. Nos grupos de apoio os familiares sentem-se acolhidos por pessoas preparadas para orientá-los, sem condenações, sem críticas, sem acusações. Sabendo ouvir e partilhar nossos sentimentos vamos aprendendo que a mudança de vida começa comigo. Aprendendo e me cuidar mais, a me amar mais.  Aprendemos a lidar com um problema de grande complexidade de forma assertiva e orientada, ampliamos nossa visão de mundo, potencializamos nossa capacidade de enfrentamento dos desafios, recuperamos a esperança de retomar os rumos de nossa vida e a resgatar os rumos daquele que deseja ajudar.

Enfim, a família precisa participar de um grupo de apoio porque ela faz parte do processo de recuperação do familiar com desvio de comportamento e, quando enfrentam o desafio juntos, estatisticamente, as possibilidades de sucesso do tratamento aumentam de forma extraordinária.           Nas nossas reuniões de Amor-Exigente aprendemos, depois de estudarmos com perseverança os 12 princípios, mês a mês, vamos nos conhecendo e aprendendo que se não me amar primeiro não vou aprender a amar o outro da maneira certa, deixando que ele aprenda a viver com a responsabilidade de cuidar da sua própria vida. Apreendemos que amar não é dar tudo que o outro pede e sim aquilo que podemos dar, fazer com que o outro veja na família, na escola, no trabalho e na sociedade todos tem que fazer a sua parte.

Vemos que a alegria de pequenas conquistas feitas com nossas metas semanais conseguimos mudanças simples na nossa vida, como pintar um cabelo, fazer uma unha, fazer um passeio, voltar para a nossa igreja, rir mais, entre outras coisas que a podemos fazer e valorizar. Aprendemos que amar é deixar o outro fazer o seu dever de casa. E é dessa maneira que aprendemos no grupo de apoio. A perseverança nas reuniões, a vontade de partilhar e ouvir, o companheirismo, o carinho e a vontade de fazer as mudanças quando se tem um grupo que nos apoia, incentiva e ensina vale muito. O Amor-Exigente faz isso conosco.

Texto – José Tito – Regional Divinópolis