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A importância do comportamento assertivo.

Ser assertivo significa agir de forma afirmativa em todas as situações com o objetivo de deixar as coisas resolvidas. Mas apenas uma pequena parcela da população da Terra consegue agir desta maneira. Por quê?

Porque o mecanismo natural (instintivo) do ser humano, em uma situação de confronto, é lutar ou fugir. Ou seja, ou a pessoa parte para a briga ou ela foge da situação para não enfrentá-la. Na natureza, na cadeia alimentar, o animal mais forte luta e o mais fraco foge, tentando se defender. São animais irracionais, agindo por instinto de sobrevivência. No ser humano esse mecanismo também aparece, só que de forma socializada. Ser passivo ou agressivo é comportamento disfuncional, na maioria das vezes, mas em algumas situações podem ser necessários. Num caso de assalto, por exemplo, ser passivo pode ser uma saída mais coerente.

O comportamento passivo e agressivo ocorre porque as pessoas são emocionalmente imaturas. Não conseguem distinguir uma ameaça real da virtual. Um cachorro bravo correndo em sua direção é uma ameaça real. Você tem que fugir se não quiser levar uma mordida. Um chefe que te chama para conversar não é uma ameaça real. Mas pode tornar-se uma ameaça por causa dos conteúdos internos imaturos. A pessoa já começa a achar que vai ser despedida, que fez alguma coisa errada, que o chefe vai dar uma bronca e coisas do tipo. Essa pessoa não está vivenciando a realidade, o aqui e agora. Ela está fazendo inferências com base em experiências que ela mesma teve no passado, ou que alguém conhecido vivenciou.

 O medo do chefe faz com que a pessoa já comece a pensar em argumentos para se defender. O assertivo não passa por esse processo. Ele analisa a situação real. O que está acontecendo, quem está envolvido, quais as consequências e quais as soluções encontradas. O assertivo não se preocupa com quem cometeu o erro e sim com a melhor solução para o problema. O assertivo não leva nada para o pessoal e tenta resolver tudo de forma afirmativa e objetiva. Esses comportamentos são praticados também no ambiente familiar, não apenas no profissional. Numa família, geralmente vemos um dos cônjuges passivos e o outro agressivo. Dificilmente convivem por muito tempo duas pessoas agressivas. Não dá. As explosões e as brigas são tão constantes que fica impossível a convivência. Para se conseguir uma “aparente” harmonia, é necessário que um dos dois seja passivo.

Mas essa harmonia é apenas aparente. Não dá para ter harmonia quando o comportamento das pessoas não é saudável e equilibrado. A pessoa passiva sofre muito. Ela vai guardando tudo porque não consegue se expressar e geralmente sente muita raiva. E não são raras as vezes que depois de um longo período essa pessoa tenha uma explosão e coloque a casa abaixo. O comportamento passivo e agressivo aparece também nos filhos. Pais controladores e agressivos podem levar a criança a ter um comportamento passivo ou também agressivo para “se defender”. É um mecanismo inconsciente e que se perpetua na idade adulta, até o resto da vida, se a pessoa não procurar ajuda de uma terapia, por exemplo.

Não dá para se livrar de um comportamento disfuncional sozinho. É preciso a ajuda de um profissional que possa ajudar a pessoa a perceber como esses mecanismos ocorrem e atrapalham sua vida em todos os âmbitos. Ninguém é agressivo ou passivo por gosto, por uma escolha racional. Foi uma defesa desenvolvida em situações de extrema necessidade, geralmente na infância. Mas é possível corrigir. É possível aprender a ter um comportamento assertivo com a família, com os amigos, no ambiente social e profissional. Usar a assertividade evita conflitos e confrontos desnecessários, além de ser uma ferramenta essencial para o crescimento material e espiritual.