Os estragos causados pelos temporais e enchentes no Rio Grande do Sul continuam a somar números alarmantes. A Defesa Civil do estado atualizou o balanço das tragédias, elevando o número de mortos para 136. Além disso, há a preocupação com outros 125 desaparecidos e 756 feridos, muitos deles em estado grave.
As chuvas retornaram, afetando principalmente o Vale do Taquari e a região metropolitana de Porto Alegre. Essa nova onda de precipitações agrava ainda mais a situação, dificultando as operações de resgate e causando mais transtornos para a população já afetada pelas enchentes.
Outro ponto de preocupação é a cheia na Lagoa dos Patos, que atinge níveis críticos, ameaçando comunidades ribeirinhas e agravando a situação das cidades costeiras.
A Prefeitura de Porto Alegre manterá as equipes mobilizadas nos próximos dias para o enfrentamento dos danos da enchente e também para um possível repique na elevação do Guaíba. Conforme o Instituto de Meteorologia (Inmet), a Capital está em uma área que pode registrar entre 150 e 200 mm de acumulado de chuva até segunda-feira, 13.
Os dados foram divulgados em reunião da Comissão Permanente de Atuação em Emergências (Copae), realizada na sede do 6º Distrito do Inmet, no bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre.
Segundo dados do Inmet, a chuva dos próximos dias, aliada a uma mudança para Sul-Sudeste na direção do vento, a partir de segunda-feira, 13, poderá ocasionar uma nova elevação do nível do Guaíba para o patamar de 5m (nesta sexta-feira, 10, chegou a 4,71m na régua do Cais Mauá).
“Vamos manter a mobilização dos voluntários, servidores e forças de segurança nos resgates e nos abrigos. Temos um desafio, logo mais à frente, também de reacomodar essas pessoas que saíram de suas casas e perderam tudo”, ponderou o vice-prefeito, Ricardo Gomes. “A palavra de ordem é seguir com os trabalhos”, concordou o coordenador da Defesa Civil municipal, coronel Evaldo Rodrigues.