fbpx
Pular para o conteúdo

Estudante desenvolve bioplástico ecológico feito de planta

Image
Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

“O que me moveu foi a vontade de mudar”. É assim que a estudante Ana Beatriz de Castro Silva, 17 anos, resume sua trajetória até a criação de um bioplástico ecológico feito de buriti, uma planta típica da Amazônia.

Ana, de Imperatriz, no Maranhão, passou boa parte do ensino médio pesquisando e desenvolvendo o composto a partir da casca, caroço e polpa da planta. O buriti é uma palmeira nativa da região amazônica e do cerrado, e carrega variados nomes a depender do estado brasileiro, como coqueiro-buriti, buritizeiro, muritim, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu e carandaí-guaçu.

Seu fruto é rico em múltiplas vitaminas, cálcio, ferro e proteínas. Já seu óleo é abundante em caroteno, um pigmento orgânico essencial para a vida, que nenhum animal é capaz de sintetizar e precisa ser ingerido através da dieta.

A pesquisa de Ana Beatriz começou há cerca de quatro anos, focando nos buritizais. Desde pequena, a estudante nunca se conformou com a poluição desenfreada do plástico, que contamina a água e corrompe a terra. Por isso, ela pensou em maneiras de trabalhar contra essa tendência.

Ao longo da pesquisa, Ana descobriu as inúmeras particularidades das espécies de buritis, como o epicarpo (casca), o endocarpo (meio-termo do fruto) e o mesocarpo (polpa). Com as 3 composições, foi possível desenvolver 3 materiais. Ao final do desenvolvimento dos biopolímeros, a estudante maranhense testou a resistência química, as propriedades mecânicas, a opacidade e a capacidade de degradação em solo.

Como conclusão, descobriu que eles são 100% biodegradáveis, desaparecendo em apenas 15 dias na água e em 20 dias no solo, podendo inclusive ser usados como adubo.