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Santuário de Aparecida recebe lotação máxima permitida neste feriadão

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Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, milhares de pessoas aproveitaram o feriado para ir ao Santuário Nacional de Aparecida (SP), o maior movimento foi na manhã do domingo (6). O maior templo mariano do mundo pode receber simultaneamente até 6 mil visitantes, o que corresponde a 40% da capacidade total. 

A administração teve de reforçar as medidas de higienização, colocação de novos totens de álcool em gel, funcionários com bombas costais para higienização de grandes espaços e equipamentos de proteção individual para os colaboradores.

O Santuário acolheu nesta segunda-feira (07), feriado da Independência do Brasil a Romaria Nacional dos trabalhadores (este ano de forma virtual) em sua 33º vez e o 26º Grito dos Excluídos. A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.

O Arcebispo destacou em sua reflexão que o Papa Francisco ao telefonar recentemente ao Santuário demonstrou amor ao Brasil e Aparecida e pediu esperança e coragem. “Nós não podemos demonizar as coisas, mas no meio da lama encontrar os tesouros, belezas e riquezas. A pátria é nosso sangue, rosto e identidade”, disse.

Dom Orlando rezou pelas autoridades para que governem o país com justiça e honestidade e ressaltou que mesmo que tenhamos dificuldades, a esperança e a fé tem de ser maiores.

Na homilia ele citou que Jesus não olhou só para o céu, ele olhou para o homem aleijado, que naquela época era tido como maldito. “Jesus olha para os excluídos. Levanta-te! – diz ele para o homem caído -, vem para o centro, vem para o meio, não fique excluído e prostrado”.

Ele também ressaltou que o Grito dos Excluídos não é algo partidário, mas sim pura Bíblia, porque são os que gritam pela vida e pela justiça: “Vamos estender a mão para todos que estão prostrados com mil dificuldades, abrir os braços para abraçar a Deus e ao Evangelho, pois está na hora de seguir o Papa, os nossos santos e santas, como, Frei Galvão, Irmã Dulce, e os 70 mártires brasileiros, vamos abrir os braços, corações e amar a nossa pátria que Deus tanto amou, por isso quem ama cuida”, destaca.

Na celebração Dom Orlando também lembrou familiares de 127 mil mortos pelo coronavírus e questionou: “A gente não vai ouvir esse grito? Quem não olha a dor do povo que dói em nós? Se não dói em você, não é cristão!”.

Ele também recordou que deve-se é promover os índios, negros, mulheres e pequenos. “Amar é construir, Paulo Apóstolo diz, que o amor constrói e Aparecida apareceu quebrada, mas a Imagem foi restaurada, podemos então restaurar essa pátria. A CNBB pede um pacto social pela vida e pelo Brasil, vamos dialogar e partilhar as nossos riquezas, ideias e valores, amar o Brasil é colocar o remédio em nossas feridas”.

Dom Orlando Brandes também fez questão de ressaltar aquelas que ele considera as cinco chagas do Brasil:

Desemprego – Segundo Dom Orlando, dói no coração e só quem é alienado não sofre essa dor dos desempregados;

Corrupção – Como pode um país com índole cristã, ainda haver o abuso da corrupção, pois é uma hemorragia que dói muito em nós;

Desmatamento – Basta de fogo, de desmatamento na Amazônia. A natureza geme e sofre com os nossos pecados;

Racismo – Nossa Senhora da cor morena e São Benedito, expulsai essa chaga do racismo;

Fake News – A verdade que deve brilhar, principalmente a do evangelho e do Reino de Deus.