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Rascunhos da Vida: A Cacique da tribo…

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Retirado do Site: https://www.freeimages.com/pt/photo/cowboys-1230103

Toda vez que eu leio um texto bíblico me vem à memória situações da minha vida. Sejam elas recentes ou muito antigas. Algumas me surpreendem, pois não passavam no meu pensamento em momento algum. Mas num lance (brainstorm) elas começam a borbulhar na minha mente.

Gálatas 6.17,18

Retirado do Site: https://www.freeimages.com/pt/photo/cowboys-1230103

A Tia Ivone é irmã caçula de papai, dentre os tios era a que mais interagia com os sobrinhos. Se fosse hoje diríamos que ela era a “parceira das tretas”. Ela nos acompanhava na “Lajinha”, ensinava a enrolar biscoitos (geralmente não ficavam bons, mesmo assim ela insistia). Brincava com a meninada, mas também distribuía tarefas. Ninguém ficava parado. Alguns davam milho às galinhas, outros debulhavam o milho, os que sobravam tinham que regar a horta, varrer o terreiro, juntar a lenha, tratar do cachorro. Era uma brincadeira associada à disciplina onde todos aprendiam.

Como recompensa ela fazia coisas que gostávamos. Ela e a vó Lia ficavam horas virando o doce de goiaba (que “espirava” dentro do tacho da casinha dos fundos). Fazia biscoitinhos com formato de bichinhos só para justificar a premiação. Ajudava-nos a fazer arco de flecha, e estilingue.

Recordo um dia que ela fez um cocar para alguns de nós com poucas penas de uma galinha que ia parar na panela, pintou nossa cara com urucum e ficou ordenando as brincadeiras que deveríamos fazer. Dizia a “Cacique da tribo”: O chefe mandou… E todos nós corríamos para executar. Depois de um tempo chegou o Max ainda durante a brincadeira, mas para participar da “tribo” precisava de um cocar e da pintura facial. Depois da pena na cabeça e da marca de pertencimento ele pode brincar conosco.

As marcas no corpo de Paulo eram visuais, reais, mas acima de tudo espirituais. A marca do Sangue de Cristo é que nos qualifica a participar do seu reino, é o que nos distingue dos demais. Sem a sua marca sobre nós não fazemos parte da “tribo”, muito menos seremos participantes das obrigações, dos direitos e da alegria de ser guardado, amparado e sustentado por sua destra de poder.

A marca não é adquirida por nós, é ofertada pelo Senhor do Reino Eterno. Da mesma forma como Tia Ivone marcou os seus “índios” precisamos ser marcados por Cristo, e isso parte dele para conosco e não o contrário. A iniciativa, a escolha, a eleição, os méritos e a convicção de vitória vêm Dele, e é para sua glória, sua honra e seu louvor que vivemos e existimos.

Pense nisso, Cristo está disponível para ser o seu Senhor (o Cacique), mas para isso você precisa reconhecer o seu sacrifício único e aceitável na cruz por nós. Deve crer nele como único e suficiente Salvador e depositar nele sua fé para a salvação.

Um grande e forte abraço!
Nos eternos laços do amor de Cristo.

Rodrigo Fonseca Andrade
Um índio da Tribo de Judá.