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Novos cargos na prefeitura de Divinópolis custarão mais de 500 mil reais/ano

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Um projeto de lei em tramitação na câmara municipal de Divinópolis é para a criação de cinco novos cargos, o que chama a atenção é que se aprovado acarreta um gasto anual de R$552.969,62. Destaca-se a inclusão do cargo de Coordenadoria Administrativa do Conselho Tutelar, vinculado à Secretaria de Governo, com impacto mensal de R$4.162,61. Além disso, o projeto contempla a criação de quatro cargos na Secretaria Municipal de Fiscalização de Obras Públicas e Planejamentos, sendo dois com impacto mensal de R$19.695,28 e dois de R$11.302,07.

Os números foram divulgados pelo vereador Ademir Silva (MDB), e segundo ele uma surpresa para a população. “Enquanto a atenção da população se volta para praças enfeitadas e caravanas iluminadas da Coca-Cola, essas propostas de criação de cargos ocorrem quase despercebidas na calada da noite”, afirma.

Concurso público pode ficar para a próxima gestão

O concurso público anunciado para esse ano na Prefeitura de Divinópolis pode ficar para a próxima gestão. Pelo descumprimento das datas prometidas pelo Executivo para divulgação das medidas obrigatórias que antecedem a realização do certame, a conclusão é que dificilmente o concurso sairá em 2024. Faltando 10 dias para o fim de 2023, já caiu por terra a promessa de divulgação do Edital até o fim do ano.

O concurso é pauta permanente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram). Em outubro de 2020, na condição de candidato, o prefeito Gleidson Azevedo (Novo) assinou um Temo de Compromisso com o Sindicato, se comprometendo a realizar o concurso público. Esse foi o primeiro item do documento, que foi registrado em cartório. Leia o termo de compromisso.

No dia 26 de maio, o presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes, se encontrou com o prefeito e o secretário municipal de Administração, Thiago Nunes, para cobrar a realização do concurso. Ao final do encontro, como mostra o vídeo gravado pela Assessoria de Comunicação do Sintram, o secretário falou em nome do prefeito e confirmou a realização do concurso ainda em 2023.

Em setembro, durante audiência púbica realizada na Câmara Municipal para prestação de constas da Secretaria Municipal de Administração, o secretário Thiago Nunes voltou a prometer a realização concurso. Segundo ele, o certame ocorreria ainda esse ano, com mais de 1.500 vagas. Thiago Nunes disse ainda que “será o maior concurso da história de Divinópolis”.

POSSIBILIDADE REMOTA

Na sessão da Câmara desta terça-feira (19) o vereador José Braz disse que ainda essa semana, “a Prefeitura vai divulgar uma nota sobre o concurso público”. Segundo o vereador, a nota conterá o número de vagas que serão ofertadas. A informação foi confirmada pela Diretoria de Comunicação da Prefeitura, porém sem especificar o conteúdo da nota a ser publicada. Mesmo que isso ocorra, será apenas uma estratégia do prefeito para ganhar mais tempo, uma vez que a eventual divulgação do número de vagas, não significa que os preparativos para o concurso estejam dentro dos prazos prometidos pelo Executivo.

Pelos prazos exigidos para a realização de um concurso público, que vão desde a contratação da Banca Examinadora até a homologação, é muito remota a possibilidade de o concurso sair em 2024. Como ainda não há nem processo licitatório aberto para a contratação da banca, a eventual divulgação de um provável número de vagas servirá apenas para uma justificativa de que a Prefeitura estaria trabalhando nos preparativos do certame.

O presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes, lamenta o atraso e o descompromisso com os prazos estabelecidos. “O Sintram vai continuar lutando pelo concurso, mesmo observando que a gestão municipal não cumpre a própria palavra. Esse ano já acabou, portanto não há mais nada a ser feito para dar celeridade ao processo. Vamos continuar assistindo ao inchaço da folha de pagamento com os contratos temporários e os prejuízos que isso acarreta principalmente aos servidores efetivos e à arrecadação da Previdência Municipal. A Câmara, infelizmente, permanece passiva, sem nenhum posicionamento de efetiva cobrança ao Executivo”, declara o presidente.