Após quatro meses de investigação, a Polícia Civil de Minas Gerais desmontou um esquema de pirâmide financeira que fez mais de 5 mil vítimas no Brasil. O mineiro Marcel Mafra Bicalho, de 34 anos, mentor e líder da organização criminosa, foi preso em um resort em Arraial d’Ajuda, distrito de Porto Seguro (BA). Um dos integrantes, apontado como laranja nas operações, Leonardo Oliveira Silva, também foi detido durante a ação policial.
As investigações apontam que foram movimentados mais de R$ 500 milhões em quatro anos através do esquema. Além disso, as apurações revelam que algumas vítimas tiveram prejuízo superior a R$ 1 milhão.
Marcel teria iniciado os crimes em Montes Claros, no Norte de Minas, onde criou a “Mattos Investing” com o intuito de atrair investidores no setor de criptomoedas e mercado Forex.
Segundo a Corporação, ele criou uma rede de captadores que prometia retorno dos investimentos a uma taxa de 30% a 100% ao mês, com aporte mínimo de R$ 1,5 mil.
Porém a quase um ano, a empresa desapareceu do mercado e o suspeito se escondeu dos credores de vários locais do país.
O aluguel do resort na Bahia, onde Marcel morava, custava R$ 30 mil ao mês. Ainda de acordo com a polícia, Marcel contava com seguranças armados e chegou até mesmo a se isolar em uma ilha do litoral baiano em uma das fugas.
Para criar esse “negócio gigantesco”, Marcel usava nome falso: Marcelo Matos. Nas redes sociais, ganhou fama de multiplicador de dinheiro. O suposto caminho da multiplicação incluía investimentos fora do Brasil e em bitcoins, uma moeda virtual.
Por que as pessoas acreditavam? Porque de fato os primeiros investimentos voltavam com juros. Era uma estratégia do golpista.
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