Um menino de 11 anos foi agredido com pauladas na porta da Escola Municipal João Severino de Azevedo, no bairro Davanuze, em Divinópolis. O caso aconteceu na última quinta-feira (12).
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima era segurada por um aluno enquanto o comparsa desferia golpes nas costas e no rosto. Um deles estava armado com uma faca, mas foi contido por uma outra estudante. O material cortante não foi apreendido e acredita-se que ainda esteja no local.
A mãe da criança disse à reportagem que o filho não relatou as agressões e a escola não deu o apoio necessário. Ela foi avisada pela instituição apenas na sexta-feira (13) e acusa a diretoria por normalizar a situação.
“O meu filho foi agredido na quinta, a escola só comunicou na sexta de manhã. Ele sofreu a humilhação de ir no outro dia e só avisaram porque corria o risco de pegar meu filho e ‘terminar o serviço’. Várias pessoas falam que é normal e ninguém faz nada. É muito injusto ele ser espancado sem motivo nenhum. Se não me ligam, no sábado eu estaria enterrando meu filho que todo o bairro gosta. Todos que viram ele crescer estão revoltados”, desabafou ao Portal MPA.
O menino realizou exame de corpo de delito e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O que diz a Prefeitura de Divinópolis sobre o caso?
A Prefeitura de Divinópolis, por meio de nota, disse que a vice-diretora identificou três adolescentes envolvidos em uma briga e interviu para dar fim ao conflito. A direção convocou os responsáveis, mas apenas a mãe da vítima compareceu. O município ainda disse que apura as causas do desentendimento.
“Na ocasião, a vice-diretora da escola, em seu trajeto de volta para casa, identificou três adolescentes envolvidos em uma briga em uma rua próxima a unidade escolar. Demonstrando responsabilidade, compromisso com a comunidade e atenção aos estudantes mesmo fora dos muros da escola, a servidora imediatamente interveio, colocando fim ao conflito.
Na manhã seguinte (13/6), a direção da escola convocou os responsáveis pelos adolescentes envolvidos, com o objetivo de dar continuidade ao cuidado e acompanhamento que a rede municipal preza em todas as situações. Infelizmente, os responsáveis por dois dos adolescentes não compareceram, sendo registrada apenas a presença da mãe do aluno agredido.
Os estudantes seguem recebendo acompanhamento e orientação dos profissionais da educação, enquanto as causas do desentendimento ainda estão sendo apuradas. Importante destacar que a condução da situação por parte da escola reafirma o zelo e a postura ética dos servidores da unidade, que têm a formação humana e o acolhimento como pilares da prática pedagógica.
A Semed reitera seu compromisso com uma educação pública de qualidade, voltada para o desenvolvimento integral dos estudantes, e reforça que toda a rede municipal trabalha incansavelmente para garantir ambientes seguros, respeitosos e acolhedores para todos os alunos, estejam eles dentro ou fora da sala de aula. A responsabilidade com o bem-estar das crianças e adolescentes é, e continuará sendo, uma prioridade absoluta da administração municipal.”