Nos últimos anos, nove em cada 10 assassinatos de profissionais da imprensa não foram solucionados e a impunidade se alastra de maneira alarmante.
Reconhecido pela ONU, o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas alerta para a baixa taxa global de condenação pela morte destes profissionais no exercício da atividade jornalística.
A ABERT ressalta o papel fundamental da imprensa de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público e condena toda e qualquer violência contra seus profissionais.
Os casos de agressões, ameaças, intimidações e ataques aos jornalistas e veículos de comunicação que aconteceram em 2021 foi apresentado o Relatório sobre Violações à Liberdade de Expressão no Brasil. A apresentação foi feita de forma virtual:
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Entidades internacionais que atuam em defesa da liberdade de imprensa, como UNESCO e Repórteres sem Fronteiras (RSF), colocam o Brasil atualmente na lista dos países mais perigosos para a prática do jornalismo.
Em parceria com a BITES, empresa de análise de dados para decisões estratégicas, o Relatório da ABERT traz ainda uma análise sobre os ataques virtuais contra a imprensa profissional brasileira. Postagens com palavras de baixo calão contra os profissionais de comunicação e a mídia em geral, ou com expressões que tentam desqualificar o trabalho da imprensa, voltaram a dominar as redes sociais.
RELEMBRE O CASO CONTRA EQUIPE DA TV CANDIDES EM DIVINÓPOLIS
Nesta terça-feira (1º), profissionais da TV Candidés, integrada ao Sistema MPA, foram hostilizados durante a cobertura dos protestos na MG-050, em Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais.
O repórter Vitor de Castro e o cinegrafista Wesley Mourão foram abordados por dois manifestantes por volta das 9h, próximo ao Posto Marçal, no momento em que conversavam com uma motorista que estava parada no local.
Os profissionais foram empurrados, agredidos verbalmente com palavras de baixo calão e ameaçados para deixarem o local. “Corre, sai correndo. Sai correndo e calado”, disse um dos homens a equipe. Os manifestantes ainda mandaram os dois deixarem o país e mudar para a Venezuela ou para Cuba.
Além disso, tentaram pegar a câmera da equipe, mas foram impedidos. Devido a situação, os dois foram obrigados a deixarem o local da reportagem.
O Sistema MPA de Comunicação informou que repudia qualquer atitude antidemocrática, ou de censura, por agredir a liberdade de expressão, uma das principais ferramentas da democracia. Diante do fato, a direção do Grupo MPA tomará todas as medidas legais e cabíveis a fim de valorizar o direito a informação.
