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Entenda a ação do coronavírus em crianças

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coronavírus

Com a chegada do coronavírus muitas dúvidas surgiram. Muito tem se falado dos idosos, mas e as crianças? De acordo com a infectologista pediátrica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII), da Rede Fhemig,  Daniela Caldas Teixeira, estudos que avaliaram o comportamento da doença em outros países demonstram que crianças representam um percentual baixo em relação ao total de casos diagnosticados. Quando infectadas, a maioria delas apresenta ausência de sintomas ou doença leve, como um resfriado comum. 

São grupos de riscos aquelas crianças imunossuprimidas – seja por imunossupressão primária, HIV ou uso de medicamentos imunossupressores, como quimioterápicos; cardiopatas; as que têm anemia falciforme e pneumopatas. “Nesse último grupo incluímos pessoas com asma, mas não consideramos as que têm rinite ou infecção de via aérea superior de repetição”, explica a infectologista.

Os estudos mostram ainda que, entre os poucos casos de infecção grave em pacientes pediátricos, a maior incidência deles teria ocorrido em menores de 1 ano, tendo havido, ainda, evidências de casos de transmissão vertical, ou seja, bebês infectados ainda na barriga da mãe.

No entanto, a médica ressalta que, mesmo em mães com coronavírus, o aleitamento dos bebês não deve ser suspenso. “Considerando a passagem de anticorpos maternos que auxiliarão na proteção do neném, não aconselhamos parar. A orientação é que as mães reforcem as medidas de higienização.

A médica explica que, tomando alguns cuidados, elas podem e devem aproveitar o tempo livre para se divertir. O ideal é evitar locais fechados e aglomerações, preferir brincadeiras em ambientes abertos, e optar pela utilização de brinquedos que possam ser higienizados.

Segundo Daniela, a ida a hospitais deve ser evitada ao máximo. “Caso a criança apresente sintomas leves, como coriza e tosse, mesmo que acompanhados de febre, é interessante evitar a procura imediata por atendimento, devido ao risco de exposição a pacientes infectados”, alerta. Para esses casos, a médica recomenda reforçar a higienização nasal com soro fisiológico puro e a hidratação. Em caso de febre, os responsáveis podem utilizar antitérmicos e evitar os medicamentos anti-inflamatórios. 

A procura por atendimento médico é aconselhada apenas em situações de agravamento dos sintomas.

Com objetivo de diminuir a exposição de risco de usuários e servidores no pronto-atendimento do HIJPII, em Belo Horizonte, foi implementada a pré-triagem, com objetivo de identificar e isolar rapidamente pacientes de risco para Covid-19 assim que eles chegam à unidade. 

Apesar da incidência de casos graves ser bem menor em crianças, vale lembrar que elas podem servir de vetores para a doença. Ou seja, em muitas ocasiões, elas podem estar contaminadas pelo vírus e não apresentar sintomas, mas, mesmo assim, transmitir o Covid-19. Por isso, é essencial evitar que elas tenham contato com pessoas dos grupos de risco.

Com informações Agência Minas