O transporte coletivo de Divinópolis tem gerado bastante reclamações nos últimos anos. A Prefeitura, durante o mandato de Gleidson Azevedo (Novo) iniciou uma briga com o Consórcio Transoeste, empresa que tem a concessão do serviço na cidade desde 2012.
Após o Ministério Público de Contas recomendar a nulidade do contrato em junho deste ano, o assunto está mais forte do que nunca. Diante dos fatos, os políticos da cidade se posicionaram sobre a pauta. Veja a opinião de parlamentares (municipais e estaduais) e do Executivo.
Posição de vereadores
No quadro “Palanque Eletrônico”, exibido no programa Bom Dia Divinópolis no começo de agosto, Hilton de Aguiar e Edsom Sousa, membros da comissão de administração sobre a recomendação, afirmaram que ‘querem o bem da população’.
O ex-líder do Governo na Câmara afirmou que a decisão está nas mãos do Município, mas que não tinha nenhum plano. “Ele (Gleidson) e seu irmão Cleitinho falaram isso na promessa de campanha em 24 horas. Porém, já passaram dois anos e tá na mão deles agora”, disse Edsom, que havia pedido para esperar o relatório final. Na última quinta-feira, o Legislativo deu um prazo de 60 dias para que a Prefeitura iniciasse uma nova licitação.
A base governista também é a favor do rompimento e explicou o processo. “Se ela não cumprir o contrato, não tem como continuar. A população fica desassistida com isso e precisamos de empresas melhores que tenham cumpram o que é pedido”, disse Wesley Jarbas.
Já Eduardo Print Júnior travou uma batalha contra a Prefeitura em relação ao projeto de lei de autoria do executivo que aumentaria as multas para o transporte coletivo. De acordo com o parlamentar, os motoristas arcariam com as multas, o que desencadeou uma greve na última segunda-feira (28). Print, enquanto era presidente do Legislativo, vetou o projeto e exigiu que Gleidson mantivesse a decisão da Câmara.
Flávio Marra, que foi um dos envolvidos na confusão de negociação da greve na Prefeitura, provou por meio de sessão plenária que os trabalhadores pagam o preço das multas. Além disso, ele apresentou um contracheque de um dos motoristas como prova.
O que o prefeito diz sobre o transporte coletivo?
Gleidson Azevedo manteve sua postura em relação ao rompimento de contrato. Em julho, o mandatário afirmou que tem um plano para uma licitação provisória “precária”, antes de uma definitiva. O prefeito ainda deu um recado à população sobre as disputas. “Pode ficar tranquila. Se tem um prefeito que briga contra a Trancid, não tem outro como eu. Mas ainda tem essa questão burocrática e da Justiça”, disse.
Na última sexta-feira (1), a Prefeitura disse que esperará de forma oficial a decisão do executivo e que iniciará os trâmites judiciais.
Opiniões de deputados
Eduardo Azevedo (PSC) acompanha a decisão de Gleidson e afirmou que, enquanto vereador, já articulava tratativas sobre o rompimento de transporte público.
Por outro lado, Lohanna França (PV) disse que foi bastante combativa nesta questão e que, enquanto vereadora, enviou vários ofícios à controladoria do Município sobre o descumprimento de contrato. Entretanto, nunca houve resposta. A parlamentar ainda ressaltou que o “tigrão do vídeo é uma gatinha” e que “o objetivo é fazer vídeo e que ele corre da briga quando é para resolver”.