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Na Gerdau, em Divinópolis, mulheres quebram tabus na indústria do aço

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Reprodução: Redes sociais

Reprodução: Redes sociais

Número de mulheres que trabalham na Gerdau, em Divinópolis, é maior que a média nacional em atuação no setor da siderurgia. Alinhada à agenda ambiental, social e de governança, antes mesmo do tema ganhar a atenção global, a Gerdau investe na diversificação dentro da liderança. A usina em Divinópolis é exemplo do empenho da empresa em diversificar. Hoje, 25% do quadro da liderança é ocupado por mulheres. A meta é de 30% na posição de liderança em toda e empresa até 2025.

Luana Balod, especialista em engenharia, é uma das mulheres em cargo de liderança que percebeu as mudanças ao longo da carreira. Ela ingressou na Gerdau em 2017, ainda como estagiária, se formou e passou por outras empresas na área da indústria e da engenharia. Em 2021 ela retornou à Gerdau já como líder da área. “Participei do processo seletivo e quando recebi a notícia que havia sido aprovada, descobri que estava grávida, em plena pandemia”, relata. “Logo pensei que tinha perdida a vaga, mas fui acolhida pela empresa. Trabalhei os nove meses em home office e após a licença maternidade retornei às atividades e estou muito feliz. Me senti importante e valorizada pela empresa. Hoje, me sinto realizada”, fala.

Já Franciele Borges passou por diversas empresas como freelancer e sempre sentiu vontade de conquistar o seu espaço em uma empresa que a aceitasse como ela é. Homossexual, ela vivia em João Monlevade, cidade a 116 km de Belo Horizonte, com a esposa e sempre trabalhou com serviço temporário. Em 2018, trabalhando em uma prestadora de serviço, na usina em Divinópolis, viu a oportunidade bater a sua porta. “Quando me pediram para mandar o currículo, fiquei muito feliz. Liguei para minha esposa e pedi a ela que fizesse um currículo e me enviasse o mais rápido possível. Essa era a chance da minha vida e não poderia perdê-la”, conta.

Após um tempo de espera, a resposta veio. “Eu tinha sido selecionada para trabalhar na Gerdau”, relembra. Hoje, ela faz parte da equipe que trabalha na Aciaria da usina. Ela está entre os 10% da força feminina que atuam na indústria do aço brasileira. O índice por gênero é do Relatório de Sustentabilidade do Instituto Aço Brasil (IAB) de 2020. De acordo com a análise, a taxa subiu 1% em relação ao biênio 2018-2019.

Dentro da empresa, esse percentual vem crescendo acima da média nacional. A unidade em Divinópolis é uma das que apresentam esse avanço. Em 2018, as mulheres equivaliam a 5,1% dos colaboradores. Hoje, elas representam 19% do total. “Foi um desafio para mim. Mas, foi a melhor coisa da minha vida. Na Gerdau, me sinto acolhida. Sinto-me à vontade para ser quem eu sou. Isso não tem dinheiro que pague. É muito gratificante”, disse Franciele.

Para gerar mais equidade dentro do quadro de colaboradores, a empresa aposta em programas de diversidade voltados para as mulheres. Além do Empodera Elas, existe o Trainee (G. Future), Programa de Aprendizagem Industrial em parceria com o SENAI, capacitações, entre outros. Além de dar mais transparência, a companhia tem trabalhado em paralelo em programas internos para ajudar na formação de profissionais em busca de diversidade. A empresa também ajustou a estrutura física, com a ampliação de vestiários e banheiros para atender mais mulheres, além de espaços exclusivos de amamentação e banco de leite.

De acordo com o gerente executivo da Gerdau em Divinópolis, Tiago Mascarenhas, a empresa investe na preparação da parte operacional e das líderes, com capacitações que trabalham os vieses inconscientes e a liderança inclusiva. “Temos também rodas de conversas, palestras e campanhas de comunicação e conscientização em todos os níveis da organização. Essas iniciativas resultam na transformação cultural vivida pela empresa nos últimos anos”.