O deputado estadual Eduardo Azevedo (PSC) se posicionou a favor as privatizações de empresas estatais, como a Cemig e a Copasa. Porém, ele é contra o projeto do governador Romeu Zema (Novo) em retirar o referendo popular.
Em entrevista ao programa Bom Dia Divinópolis da última sexta-feira (25), o parlamentar disse que não aprova o projeto, apesar de estar na base do governo. “Eu nunca vou votar contra a população. É um projeto que vai tirar o referendo popular. Vivemos em um país democrático, então eu acho justo e necessário a população opinar, sim”, pontuou.
Eduardo também disse que é a favor da privatização e utilizou o exemplo da telefonia. O deputado alegou que, com a iniciativa privada no controle, o estado pode cuidar de outros assuntos e evitar prejuízos por corrupção.
“Na questão da privatização, eu sou totalmente a favor. No pronunciamento que eu disse, dei exemplo do telefone. Hoje todo mundo tem celular e antigamente tinha que pagar caro para comprar uma linha. E também onde tem um problema de corrupção dentro da estatal, o consumidor paga. Quando existe corrupção em empresa particular, é problema dela. A gente precisa tirar esses assuntos do estado porque é ineficiente, mal consegue cuidar de saúde, segurança pública e educação”, finalizou.
Como será feita a privatização?
De acordo com a constituição de Minas Gerais, as privatizações de estatais devem ser concretizadas após um referendo popular. Zema propôs o fim de consulta, além da diminuição do número de parlamentares para a aprovação.
Atualmente, a regra diz que é necessário que 48, dos 77 deputados mineiros, aprovem a venda das empresas. Caso a PEC do governador for aprovada, esse quórum cairia para 39 votos. O documento foi enviado para a Assembleia Legislativa, porém, o presidente Tadeu Martins Leite (MDB), avisou aos deputados que não terão “pressa” para analisar o tema.
