Um incêndio de grande proporções marcou a história de Divinópolis no ano de 2000. Trata-se do incêndio ocorrido em um prédio no Centro da cidade, onde funcionava a loja de tecidos Ponto Duplo. À época, as chamas tomaram conta de vários andares do edifício, causando espanto na população e mobilizando equipes dos bombeiros para o combate ao fogo.
Em 05 de março de 2025, esse incidente completa 25 anos e, desde que aconteceu, algumas questões, levantadas pelos próprios moradores durante relatos à imprensa da época, seguem permeando o imaginário social nos dias de hoje. Uma das principais dúvidas e também solicitações por parte dos moradores é quanto à escada Magirus, equipamento pertencente ao Corpo de Bombeiros, utilizado em incêndios de maior proporção em áreas muito elevadas, como um prédio alto.
O dia do incêndio – 05 de março de 2000
As chamas tiveram início na tarde de Domingo de Carnaval (05/03) no terceiro andar e alastrou para os dois andares abaixo, em um prédio comercial localizado entre as ruas Goiás e Vinte e Um de Abril, no Centro de Divinópolis. Nesse edifício, funcionavam diversas lojas, um escritório de contabilidade, e a conhecida loja de tecidos, Ponto Duplo Têxtil. A suspeita é que um curto-circuito tenha causado todo o incidente.
O estoque de panos da loja têxtil foi rapidamente consumido pelo incêndio, que se espalhou pelos três andares afetados e se tornou o maior da história de Divinópolis, dadas as proporções. As pessoas que trabalhavam nesse prédio e também aos arredores foram evacuadas por segurança, e a Cemig cortou a energia da região para evitar curtos elétricos.
O Corpo de Bombeiros, que contou com o suporte de caminhões-pipa cedidos pela Gerdau, fez uma intensa operação para o combate às chamas no prédio. Com a proporção do fogo, tanto o prédio quanto construções vizinhas foram afetadas em certo grau. Posteriormente, o prédio onde funcionava a loja têxtil foi implodido, tendo suas lojas remanejadas de endereço.
O uso de equipamentos para o combate a incêndios
Um ponto muito cobrado por moradores que vivenciaram o “Incêndio da loja Ponto Duplo” é a necessidade de equipamentos adequados para esse tipo de ocorrência, como a escada Magirus, solicitada por parte da população. Essa escada, que pode alcançar até 68 metros de altura, é utilizada por bombeiros para combater incêndios em locais altos e resgatar pessoas nessas localidades.
A escada Magirus é acionada por um mecanismo hidráulico e controlada por um sistema eletrônico. No entanto, seu uso em Divinópolis não era prioridade nos anos 2000, assim como continua sendo substituído por outros equipamentos nos dias de hoje na cidade. O motivo da não solicitação de uma escada Magirus para Divinópolis são diversos, conforme explicam o Corpo de Bombeiros.
Dentre as razões, a corporação detalhou que a falta de viabilidade da Magirus para atuação em ocorrências da cidade é um dos fatores fundamentais para sua ausência. Para exemplificar, os Bombeiros de Divinópolis, em relato ao Portal MPA, disseram que em Belo Horizonte a Magirus surte efeito, pois é uma cidade com muita urbanização e prédios demasiadamente altos, situação que não se aplica a Divinópolis.
Além disso, a largura das vias e fluxo de carros é outro fator que pesa para a escolha da Magirus em solo divinopolitano: segundo os bombeiros, o veículo que carrega essa escada tem por volta de 17 metros, o que prejudicaria o deslocamento pela cidade e o atendimento a situações de emergência, nas quais o tempo é crucial.
O Corpo de Bombeiros em Divinópolis enfatizou que a presença ou não da escada Magirus na cidade não seria a resolução dos problemas em casos de incêndio como o do Ponto Duplo, e que, caso necessário, é possível solicitar a presença desta escada e de outros equipamentos por meio do contato com a Coordenação Especializada dos Bombeiros. A corporação informou que outras tecnologias, presentes no batalhão de Divinópolis, suprem a demanda da cidade, assim como o efetivo de viaturas, que foi aumentado.
